domingo, 28 de março de 2010

Amigo no Ninho, no Piauí

Madileuza é assistente social, socióloga e professora. No Piauí.

Militando em favor da saúde mental e de seus usuários o codinome desta guerreira faz todo sentido: "Louca pela vida".

O foco de suas lutas é em favor de uma psiquiatria sem hospício. Detalhadamente

POR UMA CLÍNICA DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: COM SUBJETIVIDADE, MEDICAÇÃO COM MENOS EFEITOS COLATERAIS E MAIOR PODER DE RESOLUTIVIDADE ASSOCIADA A PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.

Em um dos posts ela denuncia a necessidade de se dar mais atenção à prevenção e assistência à ideação suicida na sáude básica para que vidas não sejam ceifadas sem que nada se faça!

Eis o texto no íntegra:

Não exatamente com esse nome, mas a psicóloga Idalina, especialista em Tanatologia, em Oeiras tem feito um trabalho na saúde básica em relação a prevenção do suicídio. Ontem em mais uma reunião de organização da conferência de saúde mental intersetorial, eu tentava sem sucesso sensibilizar a comissão organizadora para a temática, em todo o estado do Piaui temos dados "severos e persistentes" sobre a prática do suicídio.

Hoje, uma das primeiras noticias do dia foi sobre a morte por enforcamento de um jovenzinho da comunidade, apenas 18 anos. O sepultamento aconteceu às cinco da tarde, na hora que caia uma chuvinha fina. Cadê os serviços de apoio a perda, ao luto nesses casos para a família? Vamos apenas medicar a tristeza?

Fica o alerta, a tristeza, mas também a certeza de que tem gente lutando, resistindo e insistindo em salvar vidas.

Valeu, Madileuza!!

Um comentário:

  1. Nossa... como sou desligada, somente agora vi esse post. Pois é, a secretaria de saúde, meio que desmembrou a responsabilidade com o suicídio da gerência de saúde maental e o transferiu para um Comitê sobre o Suicídio, com várias entidades governamentais ou não participando. Seminários, cursos, reuniões e em menos de um ano... não se houve falar em nenhuma atividade especifica de acolhimento como prevenção e monitoramento de sobreviventes. Tenho observado a morte de homens "deprimidos", é assim q a família nos diz que definham e morrem "de doenças oportunistas?" e ainda aqueles que morrem "atropelados" vagando em BRs. Nossas esperanças não acabam que encontremos uma forma de prevenção mais eficaz. Grande abraço

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