sábado, 22 de dezembro de 2012

OSPI-Europe: êxito na prevenção do suicídio em Portugal


Entre 2008 e 2012, vários especialistas da área da saúde e da segurança acompanharam de perto a população da Amadora, no âmbito de um projeto europeu na prevenção do suicídio (OSPI-Europe: Optimising Suicide Programmes and their Implementation in Europe).

O estudo, que é financiado pela Comissão Europeia e em Portugal é coordenado pelo Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, aponta para uma redução em mais de 20% das tentativas de suicídio. Antes do início da implementação do programa, a taxa de tentativas de suicídio na Amadora era de 150 por 100 mil habitantes. Dois anos depois era de 115. Em comparação, em Almada, concelho que serviu de ponto de comparação, e onde não houve qualquer intervenção, as tentativas de suicídio subiram 10% no mesmo período.

 O programa teve lugar noutros países, como Alemanha, Irlanda e Hungria. Em Portugal os dados serão divulgados em janeiro.

"Nada disto teria sido possível sem o envolvimento do tecido vivo do concelho e o maior desafio - e sucesso - foi obter a colaboração e parceria das instituições e pessoas do concelho", refere Ricardo Gusmão, médico psiquiatra, professor na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e coordenador da Aliança Europeia Contra a Depressão em Portugal (EAAD-Portugal), implementando o estudo OSPI-Europe com uma equipa de seis pessoas no concelho da Amadora.

Sabia que...

1. Em Portugal a doença mental afeta mais de dois milhões de pessoas por ano. A depressão afeta 400 mil portugueses adultos por ano 3. A depressão é a doença que gera mais incapacidade, mensurável por produtividade perdida em baixas médicas e invalidez permanente 4.  Em Portugal morrem duas mil pessoas por suicídio por ano. O suicídio de cada português tem um custo de 2 milhões de euros.

Fonte: http://expresso.sapo.pt/tentativas-de-suicidio-descem-mais-de-20-na-amadora=f775227


Sobre o Projeto OSPI

Em 2010 foi assinado um Protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal da Amadora e a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, que consistiu no desenvolvimento e na implementação de um projeto de investigação na área do suicídio, denominado OSPI – Optimised Suicide Prevention Programs and their implementation in Europe, no município da Amadora.

O OSPI teve como finalidade fornecer à União Europeia um constructo baseado na evidência científica para a prevenção do suicídio. Deste modo, possibilitará a implementação de programas de prevenção, previstos no Plano Nacional de Saúde Mental.

O estudo contemplou os seguintes níveis de atuação:

Nível 1 – a formação dos médicos de família e outros profissionais de saúde, utilizando sessões de formação e vídeos;

Nível 2 – campanha pública de informação e atividades de relações públicas. As mensagens nucleares da campanha são: “A depressão é uma doença real”, “A depressão pode atingir qualquer pessoa em qualquer momento”, e “A depressão tem tratamento”, “Nós podemos ajudar”;

Nível 3 – formação para agentes sociais, ditos facilitadores comunitários, tais como farmacêuticos e técnicos de farmácia, padres, assistentes sociais, cuidadores geriátricos, agentes das forças de segurança, professores e profissionais de comunicação social;

Nível 4 – suporte dirigido a grupos de alto risco e seus familiares (pessoas que ‘sobrevivem’ ao suicídio e que lidam com familiares suicidários) e apoio a grupos de autoajuda;

Nível 5 – restrição do acesso aos meios letais e verificação de locais de risco (ex: troço de linha de comboio desprotegida) com a colaboração da Câmara Municipal da Amadora e colaboração estreita com as farmácias, no que diz respeito à venda de medicamentos.

Fonte: http://local.pt/resultados-sobre-projeto-sobre-suicidio-apresentado-na-amadora/

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Congresso Nacional de Psiquiatra em Portugal discute prevenção do suicídio


Ecos do primeiro dia do Congresso Nacional de Psiquiatria, em  Porto, Portugal.

A escassez de autópsias psicológicas e o elevado número de mortes por causas indeterminadas escondem ainda muitos dos casos de suicídio em Portugal. Um grave problema de saúde pública que os especialistas querem combater através da prevenção.

De acordo com Bessa Peixoto, diretor do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Braga, «existem princípios básicos que devem ser tidos em consideração na óptica da estratégia das consultas de prevenção do suicídio», nomeadamente a redução da disponibilidade e acessibilidade aos meios de suicídio; a implementação de estratégias que visem a diminuição do estigma associado à doença mental; o estabelecimento de procedimentos relativos à informação com os órgãos de comunicação social; desenvolvimento e implementação de programas de prevenção, entre outras.

No entanto, segundo o especialista, «existem ainda algumas dúvidas se o foco principal da prevenção deve estar nestas questões ou se deve ser dirigido para os cuidados primários. Há que refletir se estes serviços estão apetrechados de forma a poder desenvolver consultas de intervenção em crise que, em tempo útil, respondam ou criem uma acessibilidade capaz de dar resposta a estes aspectos».

No simpósio dedicado aos «comportamentos suicidários: da prevenção à pósvenção» foram ainda abordadas as questões dos impactos do suicídio nas famílias e nos profissionais da área. De acordo com Ema Lima das Neves, Psicóloga Clínica do Hospital de Santa Maria, «o suicídio de um membro da família é ainda hoje visto como um tabu, a fonte de muita culpa e de muito segredo dentro das famílias», acrescentando que o neste campo «o foco é colocado nos sobreviventes - aqueles que são deixados para trás como consequência do suicídio - e na intervenção a esse nível».

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2000 existiam entre 6 a 10 sobreviventes directos por cada suicídio, o que quer dizer «que há uma necessidade de caracterizar as famílias dos suicidas e de pensar qual a intervenção nestas situações».

Ainda neste campo foi apresentado por Inês Rothes, investigadora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, o primeiro estudo sobre o impacto do suicídio de um doente em profissionais de saúde portugueses e que revelou as principais reações emocionais, o impacto na prática clínica e os recursos disponíveis aos técnicos. Segundo o estudo, que incluiu 242 profissionais de várias áreas, 27% dos inquiridos já tinham passado pelo suicídio de um doente e segundo a especialista «são os clínicos gerais que tendem mais a estar em risco devido à organização do nosso sistema de saúde».

Os principais sentimentos e reações emocionais nos técnicos são sobretudo o sofrimento emocional; preocupações, medos, inseguranças e dúvidas, sobretudo relativamente a doentes futuros; frustração e desilusão, existindo mesmo a situação de culpabilização da família. Muitos dos técnicos chegam a efetuar diversas alterações na sua prática clínica e 7% referem implicações na vida pessoal. «Os profissionais tendem a recorrer pouco a ajuda mas quando recorrem consideram-na útil», explica.

Durante este primeiro dia do Congresso Nacional de Psiquiatria foi ainda apresentado o estudo WAVE-bd que, segundo Luísa Figueira, diretora do Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria), «procurou descrever e avaliar os resultados do tratamento da doença bipolar». Realizado em 10 países, entre os quais Portugal, os resultados permitem concluir que no nosso país «os episódios de depressão são os mais frequentes na doença bipolar» e que «os doentes com episódios de depressão tiveram a mais baixa adesão ao tratamento e os doentes com episódios mistos tiveram a mais alta adesão ao tratamento».

De acordo com as estimativas a prevalência da doença bipolar está entre os 0,2% e 6,0%, sendo considerada já a 9ª causa de perda de vida saudável e morte prematura, especialmente nas faixas etárias entre os 15 e 44 anos.

A cannabis é a droga ilícita mais consumida pelos adolescentes e a maior parte das primeiras experiências ocorre durante a adolescência, fase crucial para o desenvolvimento e amadurecimento do órgão cerebral.
Segundo Julio Bobes, professor catedrático de Psiquiatria da Universidade de Oviedo, «trata-se de um facto preocupante, uma vez que como consequência deste consumo, os adolescentes estão mais propensos a ter uma redução significativa e irreversível do seu potencial cerebral».

Alterações na capacidade de pensamento e raciocínio, ansiedade, deficiências em mecanismos da memória e de aprendizagem são alguns dos efeitos mais comuns desta droga. O consumo de cannabis - particularmente em adolescentes e jovens adultos - facilita igualmente a manifestação de perturbações mentais em indivíduos vulneráveis. É também comum um indivíduo apresentar sintomas psicóticos quando consome pela primeira vez.

Abordando o tema da «Recuperação da cognição na doença mental – o papel da quetiapina na esquizofrenia, transtorno bipolar e perturbação depressiva major», Eduard Vieta explicou que esta recuperação «deve incluir as esferas sintomática, cognitiva e funcional. Apesar de muitos tratamentos permitirem uma recuperação sintomática, alcançar a recuperação cognitiva e funcional é mais difícil», acrescentando que «muitos doentes melhoram os sintomas característicos da doença mas sofrem de dificuldades neurocognitivas e de adaptação psicossocial».

Sobre como esta recuperação é realizada, João Marques Teixeira, da Universidade do Porto, referiu que são utilizadas «técnicas específicas de remediação e estimulação cognitiva (face a face ou com o auxílio de computadores), da estimulação da cognição social em pequenos grupos e em interações contextuais com o envolvimento da família». Trata-se de uma área altamente especializada «que requer um treino prolongado e uma equipa terapêutica dedicada apenas a essa tarefa. Este investimento justifica-se dado os resultados animadores quanto à integração socioprofissional destes doentes».

No que se refere ao papel da quetiapina, João Marques Teixeira explica que «a psicofarmacologia tem um papel importante na facilitação da remediação cognitiva, muito embora a investigação não se tenha virado completamente ainda para esta área de intervenção», tendo apresentado um racional para a utilização da psicofarmacoterapia como complemento da remediação cognitiva, «no qual a quetiapina, pelos estudos que existem e pela sua configuração farmacológica, assume um papel de destaque». Uma situação corroborada por Eduard Vieta, segundo o qual «a quetiapina é uma das substâncias melhor toleradas do ponto de vista cognitivo, tanto na esquizofrenia como nos transtornos afetivos».

O Congresso Nacional de Psiquiatria, que se prolonga até sábado, no Sheraton Porto, terá na sexta-feira em destaque temas como:

  • O balanço de 20 anos de política comunitária em saúde mental, 
  • A sobrecarga das perturbações mentais dos idosos, 
  • Perturbação esquizo-afetiva: sua caracterização e seus limites, 
  • Medicina sexual e psiquiatria 
  • Perturbações psicóticas na prática clínica
  • Recovery - um desafio atual na promoção da saúde mental.

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=604301

Ecos do Rio Grande do Sul. Convite à conversa entre os profissionais da saúde mental


Roda de conversa sobre prevenção do suicídio e atenção em situações de crise em saúde mental
Luciane Régio

Na sexta-feira dia 7, reuniremos coordenadores municipais de saúde mental e da DANT-violência de 31 municípios da 4ª CRS/RS, coordenadores de CAPS, coordenadores de NASF/NAAB e as equipes de cinco hospitais gerais com leitos contratualizados SUS para atendimento em saúde mental. Público restrito, para que a roda seja possível...

A conversa estará aberta! Reconhecendo as potencialidades dos municípios, trazendo questões sobre acolhimento, escuta qualificada, atuação nos territórios, a partir do tema da prevenção ao suicídio e atenção em situações de crise.

Conversa densa, epidemiologia preocupante.

80% dos suicidas consultaram com algum médico no último mês antes do suicídio.

60 % dos suicidas nunca procuraram um profissional de saúde mental.

As notificações das lesões auto-provocadas na DANT-violência, a perda do familiar, a crise por essa perda, outras crises... como trabalhamos?

As pistas...

As tentativas...

As concretizações...

O luto...

A memória...

Outro dia atendo o telefone, uma mãe que havia internado o filho compulsoriamente, pela primeira vez, chora. Pergunto o motivo. Ela me conta que o filho não a compreendeu a internação. Vinte dias depois de retornar para casa, cortou os pulsos. Socorrido a tempo... 22 anos.

Um profissional de saúde solicita um leito para internação. Liberado o leito e... meia-hora depois cancela o pedido. Pergunto o motivo. O usuário diz que vai se suicidar no hospital, caso lhe obriguem a ser internado. Avisou os familiares, que desistiram da "ordem judicial".

Mais abordagens terapêuticas, projetos terapêuticos singulares, cuidado compartilhado em equipe multiprofissional, tratamento em liberdade, internações breves, mais trabalho criativo, vínculos,  afetos, afetar, trocar, reduzir danos, tolerar, aproximar...

A partir da gestão regional, da coordenação da DANT, da coordenação da Politica de Saúde Mental e os demais coordenadores do Núcleo Regional de Ações em Saúde em esforço de transversalização/integração das políticas, contaremos com a apoiadora da PNH, Martha Noal (psiquiatra).

Uma roda de conversa provocada a partir de relatos de profissionais em vídeo, alguns slides no tema, músicas inusitadas/letras trazidas pela Martha, retomaremos a Linha de Cuidado em Saúde Mental "O cuidado que eu preciso", com a expectativa de trocas de experiências, da apropriação de novos conhecimentos, para o planejamento em equipe e escuta, capacitando para a notificação das tentativas de suicídio, abrindo fórum para o planejamento estratégico de ações nos municípios.

 Fonte: http://www.redehumanizasus.net/59451-roda-de-conversa-sobre-prevencao-do-suicidio-e-atencao-em-situacoes-de-crise-em-saude-mental

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Evento de capacitação de prevenção de suicídio no Rio Grande do Sul


Secretaria promoveu capacitação sobre suicídio a profissionais da saúde do RS
Gustavo Trevisi

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) realizou no dia 29 de novembro o 4º Seminário Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio. O evento foi destinado aos servidores da saúde dos municípios do RS que trabalham com a temática do suicídio (Venâncio Aires e região).

A psicóloga do Departamento de Coordenação dos Hospitais Estaduais da SES,  Cláudia Weyne Cruz, explicou que o objetivo do encontro foi capacitar os profissionais de saúde para a prevenção de suicídios. "Ainda falta conhecimento para evitar que as pessoas façam isso", afirma.

Segundo ela, há um aumento de casos entre jovens e idosos. Entre os idosos, a aposentadoria; as dores provenientes de doenças e a perda da função social estão entre os principais fatores que contribuem para este acréscimo.

A Irmã Lúcia Boniatti, presidente do Sistema Mãe de Deus, disse que é necessário tocar o coração das pessoas. "Dentro de nós está a maior sabedoria das nossas vidas", assegura. Para ela, devemos ter, pelo menos, 15 minutos de silêncio diário e eliminar hábitos antigos para aquietar nossa mente e melhorar nossa qualidade de vida.

Durante o evento, teve o lançamento do Guia de Prevenção do Suicídio, realizado a partir de um convênio com o Ministério da Saúde.

Fonte: http://www.saude.rs.gov.br/conteudo/6733/?Secretaria_promove_capacita%C3%A7%C3%A3o_sobre_suic%C3%ADdio_a_profissionais_da_sa%C3%BAde_do_RS

Mais informações sobre o guia


PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NO NÍVEL LOCAL

Orientações para a formação de redes municipais de prevenção e controle do suicídio e para os profissionais que a integram

Organização
Anna Tereza Miranda Soares Moura, Eliane Carnot Almeida, Paulo Henrique de Almeida Rodrigues,
Ricardo de Campos Nogueira, Tânia E. H. H. - Porto Alegre

Revisão Técnica
Miriam Prietch
Neury José Botega
Ricardo de Campos Nogueira

Esta publicação se dirige a todos os profissionais que tem a possibilidade de atuar na vigilância e prevenção do suicídio, em especial nas áreas da saúde, assistência social, educação, extensão rural, jornalismo e segurança.

Resulta de um Projeto de Pesquisa realizado em quatro municípios do Estado do Rio Grande do Sul – Candelária, Santa Cruz do Sul, São Lourenço do Sul e Venâncio Aires, todos com elevados índices de suicídio, com o objetivo de desenvolver uma metodologia para a formação de redes intersetoriais de promoção da vida e prevenção do suicídio, a partir da sensibilização e do envolvimento de profissionais de diferentes setores.

O Projeto foi coordenado por pesquisadores do curso de Mestrado em Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá, com o apoio do Centro de Estudos em Saúde Coletiva (CEPESC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com financiamento do Ministério da Saúde através da Coordenação de Saúde Mental e da Secretaria de Vigilância e Saúde (SVS). Contou com a parceria do Centro Estadual de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (CEVS/SES/RS), através do Núcleo de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis (NVDANT), do Programa de Prevenção da Violência do Estado do Rio Grande do Sul (PPV/RS) e das secretarias municipais de saúde dos quatro municípios envolvidos.

Houve participação ativa de profissionais com atuação local em diferentes setores, representantes de instituições como o Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT/RS) da SES/RS, o Centro de Valorização da Vida (CVV), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul (SSP/RS) e da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).

O projeto contou com a consultoria técnica dos especialistas Profa. Blanca S. Guevara Werlang, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e Prof. Neury José Botega, da Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP).

Foram tomados como referência os manuais da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) para a vigilância, prevenção e o controle do suicídio, cujo conteúdo foi sintetizado, assim como os dados levantados na referida pesquisa e em outros trabalhos acadêmicos sobre o tema.

Para acessar o guia, clique nos arquivos abaixo:
Capa do Manual
Parte 1/3
Parte 2/3
Parte 3/3

Fonte do guia: http://www.polbr.med.br/ano11/wal1211.php (Psychiatry on line Brasil POL+BR)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Duas notícias do mundo hispânico: prevenção do suicídio em face do bullying e da condição de soropositivo

Adolescentes graban un videoclip contra el acoso escolar, para prevenir suicidios como el del holandés Tim Ribberink


Cuatro alumnos del Instituto Alejandría de Tordesillas (Valladolid) han grabado un videoclip contra el acoso en las redes sociales, a fin de evitar suicidios como los de la canadiense Amanda Todd o el más reciente del holandés Tim Ribberink.

Según la Plataforma de Infancia, el objetivo de esta iniciativa es sensibilizar a la población, y en especial a los jóvenes, sobre la existencia del problema, a fin de que denuncien su situación u otros casos de acoso que puedan conocer.

María, Sergio, Andrea y Patricia han contado con sus compañeros de clase para rodar y grabar 'Today is dark, tomorrow will be black' ('Hoy está oscuro, mañana será negro').

Este vídeo y la canción se difundirán en la red social 'cibercorresponsales', que impulsa dicha plataforma entre menores de 18 años para dar cabida a la participación juvenil en temas sociales.

Con este trabajo, los chicos quieren poner de manifiesto que no toda la juventud toma parte en actos violentos y que muchos incluso los denuncian y se involucran en actividades de voluntariado contra el acoso.


Terapias psicológicas son vitales para prevenir suicidios en pacientes seropositivos


Depresión puede acabaron sus ganas de vivir.

Los especialistas del Hospital de la Solidaridad recomiendan terapias psicológicas en los pacientes de VIH-SIDA con el fin de prevenir suicidas y cuadros depresivos en su vida.

Liliana Díaz Díaz, psicóloga del centro, señala que para muchas personas el saber que tiene esa enfermedad puede resultar muy impactante, ocasionando reacciones diversas, algunos muy negativas.

"No hay estadísticas que certifiquen esto pero por la experiencia y lo que manifiestan, en alguno momento lo pensaron. Esto unido a indicadores de depresión, si están recibiendo un tratamiento o abordaje emocional, implican muchos aspectos”, expresa.

Ante esta, la experta recomienda optar por terapias en donde la enfermedad se puede ver desde diversos enfoques, tiempos y espacio, educando e informando no solo al paciente, sino también a sus familiares y amigos.

Asimismo, resalta la necesidad de identificar los signos de alerta temprana como los nervios inestables, los estados de inquietud varios, las pesadillas y los ataques de pánico.

Fontes: link1 e link2.
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Já aconteceu, mas vale a notícia.

André Trigueiro, conhecido jornalista e ativista da prevenção do suicídio tem trabalhado intra-muros, no movimento espírita, conforme o cartaz ao lado.

Ele, obviamente, aceita convite de quaisquer agremiações, independente de credo religioso ou político.

Que se multipliquem estes ativistas junto aos diversos movimentos religiosos, de apoio à saúde mental etc.!


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Prevenção "made in Japan" para crianças e adolescentes


Manual de prevenção ao suicídio infantil é elaborado em Saitama

Obra ajudará professores a detectar sinais de perigo nos estudantes

O conselho de educação da cidade de Saitama desenvolveu um manual que ajuda os professores a detectar sinais entre seus alunos que podem leva-los ao suicídio, informou o Mainichi Shimbun. O risco de suicídio, avaliado de acordo com o comportamento ou palavras dos alunos, foi dividido em três graus, cada um dos quais foram estabelecidos um conjunto de medidas preventivas.

Desde que o manual entrou em vigor em 166 escolas em setembro, houve 54 casos de risco de suicídio. Tudo indica que graças ao manual os professores tem melhorado seus níveis de observação sendo capazes de detectar sinais de um provável suicídio e tomar medidas rápidas e apropriadas, ressaltou um funcionário do Ministério da Educação.

O suicídio de uma menina de 14 anos de idade, em 2008, levou o conselho de educação de Saitama a redobrar seus esforços para evitar que crianças tirem suas vidas, com medidas que incluem questionários para verificar seu estado psicológico. Para desenvolver o manual foram levados em consideração casos anteriores de suicídios. Se uma criança envia um e-mail para um amigo no qual ele escreve: "Eu quero morrer" ou informa que está criando as condições para tirar sua própria vida, o manual considera que o caso está no nível 3 de urgência.

Em uma escola secundária, um professor, depois de saber que um aluno escreveu “quero morrer” e “a vida não tem sentido”, relatou o caso. A escola agiu imediatamente e o estudante está atualmente em tratamento psicológico. O superintendente de educação da cidade, citado pelo jornal Mainichi, destacou que o trabalho de prevenção do suicídio em crianças é responsabilidade de toda a sociedade e espera que nenhuma criança tire a própria vida.

Fonte: ipcdigital.com

sábado, 3 de novembro de 2012

Documentário sobre suicídio


Suicídio no Brasil
UTV - RJ (Canal 11 da NET)
21/11, quarta-feira, 21h30
Horários alternativos: sábado, 13h; segunda-feira, 15h

O suicídio é um problema de saúde pública ainda considerado um tabu. Com a ideia de que a informação é um passo decisivo para romper o tabu social e trabalhar a prevenção, o documentário produzido pelo Grupo de Pesquisa de Prevenção do Suicídio, em parceria com a VideoSaúde, apresenta informações como dados epidemiológicos, percepção social e formas de enfrentamento. A direção é de Eduardo Thielen.

domingo, 7 de outubro de 2012

Desistência?!

As tirinhas da Clara Gomes têm inteligência e a sensibilidade. Os seus bichinhos de jardim (http://bichinhosdejardim.com) é uma prova disso.

Ela abordou dia desses a questão do suicídio com leveza. Vejamos.











E disse ainda:
Oportunamente, quero tocar num assunto delicado: a questão do suicídio. Existe um cuidado na mídia em evitar noticiar o fato, mas considero importante a discussão, com intenção de prevenir. Vivemos num mundo de pessoas doentes e precisamos cuidar uns dos outros. Em relação a isso, há um material interessante no portal do jornalista André Trigueiro. Vale a leitura e a conscientização.
 Valeu, Clara!

II Simpósio Internacional de Prevenção do Suicídio - São Paulo


Em comemoração aos seus 50 anos de atividades ininterruptas, o Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza o citado evento.

Local: Hotel Novotal São Paulo - Jaraguá Convention
Rua Martins Fontes, 71 - Centro - São Paulo -SP

Data: 19 de outubro de 2012, das 8 às 18:15h

Inscrições: no local ou pelo email cvv@advicecc.com

Não há taxa de inscrição.

Programação
8:00 às 8:30 - credenciamento
8:30 às 8:45 - abertura
8:45 às 9:30 - Bases do trabalho voluntário de prevenção do suicídio
                       Jacques Conchon
9:30 às 10:00 - Depoimento
10:00 às 10:30 - Intervalo
10:30 às 12:30 - Demanda pelo serviço de apoio
                           Dr. Neury José Botega
                           Dra. Blanca Susana Guevara Werlang
12:30 às 14:00 - almoço
14:00 às 16:00 - Disponibilidade de apoio voluntário na prevenção do suicídio
                           Europa - Liz Try
                           Estados Unidos - Gary Beckmann
                           Nova Zelândia - Peter Barker
                           Brasil - CVV - Alankardec Gonzalez
16:00 às 16:30 - Intervalo
16:30 às 18:00 - Perspectivas para o futuro
                           Dr. Brian Mishara
18:00:18:15 - Encerramento

Mais informações: secretaria@cvv.org.br :: www.cvv.org.br

sábado, 6 de outubro de 2012

Formação para prevenção ao suicídio: o papel do clínico geral

O artigo abaixo trata de tema da maior importância para os médicos, que naturalmente estão na linha de frente (nas clínicas, urgências e emergências) lidando com pessoas acometidas de doenças mentais - das leves às severas. A depender do diagnóstico e do encaminhamento risco de alguns dos pacientes consultados virem a praticar o suicídio pode ser amenizado ou eliminado...

A questão que se coloca, portanto, é se os médicos brasileiros estão preparados esta tarefa!

O alerta vem de além-mar, mas certamente serve aos nós do lado de cá do Atlântico.

Prevenção do suicídio deverá incidir na formação dos profissionais de saúde

O Programa Nacional de Prevenção do Suicídio (PNPS) deverá "insistir muito" na formação dos profissionais de saúde a nível dos cuidados primários, afirmou o responsável pela elaboração do plano.

Álvaro de Carvalho, psiquiatra e presidente da comissão de peritos que está a elaborar o PNPS, reconheceu que "a formação, em termos do diagnóstico dos problemas de saúde mental e da terapêutica adequada, nem sempre é a melhor entre nós".

O responsável referiu dados recentes que indicam que Portugal é um dos países da União Europeia onde as pessoas mais recorrem ao clínico geral quando têm problemas de saúde mentais ou emocionais.

"Sabe-se que um número muito significativo de pessoas que cometeram suicídio procurou, no ano anterior, o seu clínico geral", revelou à agência Lusa o psiquiatra.

Estes números sustentam, segundo Álvaro de Carvalho, a necessidade de "insistir muito na grande importância da formação dos profissionais de saúde, a nível dos cuidados primários, sobre as situações de risco de suicídio".

De acordo com o responsável pelo PNPS, em preparação, existem, em Portugal, 36 serviços locais de saúde mental em hospitais gerais, "que estabelecem a ponte com os cuidados primários", bem como entre 12 e 15 equipas, com funções idênticas, nos hospitais psiquiátricos.

"Mesmo assim, há um trabalho muito grande a fazer, no sentido de habilitar os profissionais dos cuidados primários para uma melhor capacidade de diagnóstico e terapêutica", acrescentou.

Álvaro de Carvalho vincou a "grande importância", em "situações de crise", nas quais os fatores de risco de suicídio, como a depressão e o consumo de álcool, têm tendência a agravar-se, do "desenvolvimento de cuidados de saúde de proximidade", aliado ao "reforço dos apoios sociais e de requalificação, a nível profissional, das pessoas que ficam desempregadas".

ALERT Life Sciences Computing, S.A.  - 12 Setembro 2012
http://www.alert-online.com/br/news/health-portal/prevencao-do-suicidio-devera-incidir-na-formacao-dos-profissionais-de-saude

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Legislação indiretamente em favor da prevenção do suicídio


Califórnia proibirá terapias de conversão de jovens homossexuais

As autoridades da Califórnia vão proibir a partir de 1° de janeiro as polêmicas terapias para conversão de jovens homossexuais ao "caminho reto" da heterossexualidade e se tornará o primeiro estado a aplicar essa medida nos Estados Unidos.

"Essa lei proíbe as terapias não científicas que podem levar os jovens à depressão e ao suicídio", declarou nesta segunda-feira o governador Jerry Brown em sua conta do Twitter depois de ter assinado a lei no fim de semana.

Segundo Brown, "essas práticas não têm nenhum fundamento científico ou médico, e são relegadas aos charlatães".

Esta lei, que entrará em vigor no dia 1° de janeiro de 2013, impede que essas "terapias" para modificar a inclinação sexual sejam praticadas em jovens menores de 18 anos. Ela cita o princípio segundo o qual "ser lésbica, gay ou bissexual não é uma doença, nem um problema mental ou uma deficiência".

Os legisladores californianos se basearam também nos "riscos potenciais" dessas tentativas de conversão à heterossexualidade, entre eles a depressão e as tentativas de suicídio.

Os militantes que defendem os direitos dos homossexuais, muito ativos politicamente no 'Estado Dourado', também expressaram sua satisfação.

O grupo Trevor Project, que apoia a prevenção do suicídio na comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais), felicitaram o governador no Twitter por ter assinado um texto "de proteção da juventude LGBT da violência psicológica".

A campanha batizada "Direitos Humanos" levou até o governador californiano um abaixo-assinado de 50.000 pessoas com a aproximação da data limite para a ratificação desta lei.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Reflexão filosófica


O texto abaixo, recheado de reflexões filosóficas e muitas citações, está marcado pela preocupação com a vida, a despeito dos depoimentos de pensadores que namoraram a morte, o suicídio...

O flerte com a morte e/ou suicídio, aliás, é mais constante e comum do que imaginamos. Daí, então, a necessidade de criarmos mais "redes de proteção social", mais "espaços de acolhimento" para as pessoas que, em um momento qualquer da existência, pensa em desistir, em "abortar a missão vida" neste planeta.

Enfim, a prevenção do suicídio exige de todos os atores interessados - profissionais da saúde, educadores, religiosos, voluntários em favor da vida etc. - disposição para aprender mais e a busca constante de equilíbrio e serenidade, pois os casos de suicídio se multiplicam ao nosso redor, nos exigindo certamente doses maiores de sanidade e sobriedade:))

Boa leitura e longa vida a todos nós!!

Por que não me mato? Considerações acerca do suicídio

Claudio Castoriadis

Como um sério problema de saúde pública, a prevenção do comportamento suicida não é uma tarefa fácil. Uma estratégia nacional de prevenção, como a que se organiza no Brasil a partir de 2006, envolve uma série de atividades, em diferentes níveis, e uma delas é a qualificação permanente das equipes de saúde. Uma vez que várias doenças mentais se associam ao suicídio, a detecção precoce e o tratamento apropriado dessas condições são importantes na sua prevenção. O que pensou alguns filósofos e intelectuais sobre o assunto? Conheça um pouco alguns pensadores que lidaram com esse sentimento extremante delicado diante de tantos horrores inflamados por tal problemática.

Nada mais sensato para começar a tratar um tematica tão virulenta para o ser humano do que pensar o sentido último do depressivo: a busca da felicidade. É bem verdade que todo aquele que existe tem como sentido último continuar existindo o mais distante dos sofrimentos e  infortúnios. Afinal, é a felicidade que interessa a todo ser vivente. O filósofo Pascal já dizia: "Todos os homens procuram ser felizes; isso não tem exceção... É esse o motivo de todas as ações de todos os homens, inclusive dos que vão se enforcar..."

Temos mediante essas considerações  o desejo de felicidade se convertendo no desejo de morte. Ou seja, um tipo de busca da felicidade a qualquer custo. Sobre o assunto comenta Freud: "Se a gente reconhece os motivos egoístas por trás da conduta humana, não tem o mínimo desejo de voltar à vida; movendo-se num círculo, seria ainda a mesma. Além disso, mesmo se o eterno retorno das coisas, para usar a expressão de Nietzsche, nos dotasse novamente do nosso invólucro carnal, para que serviria, sem memória? Não haveria elo entre passado e futuro. Pelo que me toca, estou perfeitamente satisfeito em saber que o eterno aborrecimento de viver finalmente passará. Nossa vida é necessariamente uma série de compromissos, uma luta interminável entre o ego e seu ambiente. O desejo de prolongar a vida excessivamente me parece absurdo." Declação importante que traz  a tona um esbanjamento de palavras pondo em questão a felicidade, o sentido da vida e a problematização do suicidio.

Seguindo esse raciocinio que justifica as palavras do Freud certa vez indagou o filósofo Emil Cioran : Por que não me mato? Que vale lembrar  não se matou, mas certamente desejou fazê-lo muitas vezes. Ideias como essa são típicas de uma mente suicida. Encarar a morte de frente tencionando a libertação a qualquer custo, mais do que coragem, exige consciência de que tudo está perdido, nada faz sentido e não há mais saídas no vasto horizonte da vida? Os casos de suicídios na sua maioria das vezes são marcados por um contorno peculiar: a solidão. Geralmente suicidas são solitários alheios ao mundo. O filósofo Cioran por sua vez visualiza na da solidão um ar apropriado para culminar o ato da seguinte maneira: “Quando levantamos em meio à noite buscando desesperadamente por uma derradeira explicação, mas ao constar a nossa solidão, porque todos dormem, desistimos de nossa intenção, pois como abandonar um mundo onde se pode ainda estar sozinho?”

Sem dúvidas um relato medonho do filósofo romeno sobre os infortúnios da vida. Podemos notar esse sentimento constante em sua obra O Mau Demiurgo. Cioran chega a dizer que “faz bem pensar que a gente vai se matar”. Palavras de um pensador atormentado e trágico retratando sua desgraça de ser.

Ainda em uma entrevista o mesmo declarou: na minha juventude eu vivi com essa ideia do suicídio. Mas tarde também, e até agora, mas talvez não com a mesma intensidade. E se eu ainda estou vivo é graças a ela, ela foi meu suporte: “És mestre de tua vida, podes matar-te quando quiseres, e todas as minhas loucuras, todos meus excessos, foi assim que eu pude suportá-los. E pouco a pouco essa ideia começou a se tornar algo como Deus para um cristão, um apoio; eu tinha um ponto fixo na vida.” Apesar desse relato Cioran não se suicidou, morreu naturalmente aos 84 anos.

Coragem ou covardia? O fato é que o filósofo Cioran representa um pouco nossa realidade marcada pelo medo do nada, da possibilidade do não ser. Um mundo que beira cada vez mais ao vazio da existência; uma série de compromissos, e luta intermináveis entre o ego e seu ambiente como disse o Fred. Um mundo doente alienado pelo consumismo. Já não causa espanto ver pessoas chocadas e neuróticas com os absurdos do mundo. A recusa da comunidade pode ser considerada um isolamento auto-destrutivo, mas para muitos parece mais preferível  do que declarar submissão à fabrica diária de um crescente mundo auto-destrutivo. Alienação coletiva não é uma condição escolhida por aqueles que insistem no verdadeiramente social sobre o falsamente comunal. Está presente em qualquer caso, pelo conteúdo da comunidade. Frente ao abismo do existir e conviver em uma comunidade ignóbil o filósofo Nietzsche desabafa: “A ideia de suicídio é um poderoso consolo: ela ajuda a passar mais de uma noite ruim.” Certamente as ruínas estão aí para todos verem. Uma paisagem mórbida e cruel. Incluindo formas impotentes pronunciadas de "progresso" que não passam de "micropolíticos" e "esquizopolíticas", óbvios sintomas de uma fragmentação e desespero em cadeia. Nós existimos em uma "paisagem de ausência" na qual a vida real está sendo sistematicamente massacrada pelo falso ciclo do consumismo e das futilidades mediadas pela dependência tecnocratica. Mas se por um lado Cioran cultivava na solidão e na ideias de suicidio um sentido sublime em Nietzsche a solidão é, pois, restauradora; mais ainda, ela converte-se na marca distintiva do seu ser. Não é por acaso que a angústia empregnada na solidão se põe como condição necessária para o seu pensar. “Tenho necessidade de solidão”, assegura Nietzsche.

Mas nem todos conseguem lidar com as amarguras da vida. Hoje, parece que vivemos de uma forma negativa. São vários os fatores que influenciam na doença da alma. Os problemas psíquicos (que recebem os nomes da moda, de acordo com os interesses dos especialistas, produtores e reprodutores do mercado consumidor composto pelos portadores de tais problemas, consumidores de remédios, terapias, psicocirurgias etc.) assombram os seres humanos, condenado em uma existência alienada, ao lazer alienado, ao mundo depalperado. Resultado? O comportamento suicida vem ganhando impulso em termos numéricos
e principalmente de impacto. Como foi dito, a morte voluntária é o extremo da solidão, angústia e desespero.

Suicidas: doentes? Covardes? Quem sabe ao certo? Como compreender o sofrimento contido na própria solidão? Desejar a morte realmente é a solução? Como  explicar ao certo o busca pela morte? Que essa problemática não se delimite apenas ao enfoque especulativo. Faz-se necessário  a  transmissão de informações básicas que possam orientar a detecção precoce de certas condições mentais associadas ao comportamento suicida, bem como o manejo inicial de pessoas que se encontrem sob risco suicida e medidas de prevenção. 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Fonte: http://claudiocastoriadis.blogspot.com.br/2012/09/por-que-nao-me-mato-consideracoes.html

Como atender?!





segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Brasília à frente na prevenção do suicídio como política pública de saúde


Distrito Federal lança programa para prevenir suicídios
Paula Laboissière (Repórter da Agência Brasil)

Identificar pessoas em situação de vulnerabilidade e prevenir mortes por suicídio por meio de uma rede interligada dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a meta do Programa de Prevenção ao Suicídio, lançado hoje (10) pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, por ocasião do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Para incentivar políticas públicas voltadas para a prevenção do suicídio em todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde cobrou em documento mais ações relativas à questão.

De acordo com a coordenadora de Prevenção ao Suicídio da Diretoria de Saúde Mental, Beatriz Montenegro, o DF é a primeira unidade federativa a desenvolver uma política pública voltada para a prevenção do suicídio. “Existem as Diretrizes Nacionais de Prevenção ao Suicídio, lançadas pelo Ministério da Saúde em 2006, que preveem que as unidades federadas desenvolvam políticas”, explicou.

Segundo ela, a política proposta pela Secretaria de Saúde precisa estar fundamentada em uma ação intersetorial dos diversos níveis de complexidade do sistema público de saúde. “A gente precisa de uma política que sensibilize, que capacite os profissionais e que articule essa rede de maneira a oferecer para a pessoa que está em situação de vulnerabilidade uma atenção integral e adequada”, completou.

Dados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) indicam que o DF registra uma média de 20 casos de tentativa de suicídio por mês, sendo até dois consumados. Há cerca de um ano, o órgão dispõe também de duas psicólogas que atuam em casos em que a pessoa tenta tirar a própria vida.

“Quando a Central 192 identifica uma tentativa de suicídio, a equipe de enfermeiros e técnicos de enfermagem vê a parte clínica e se o paciente precisa ser encaminhado ao hospital. Depois disso, entra a equipe de psicologia. A gente vai ao local e faz uma intervenção com o paciente e com a família, tentando sensibilizar para um tratamento e um acompanhamento na rede”, explicou Elaine Medina, psicóloga do Samu.

Ela alertou que é um mito pensar que quem tenta o suicídio quer chamar a atenção ou que quem quer se matar não avisa ninguém. Segundo a especialista, a ameaça de suicídio deve sempre ser levada a sério. Dados do Samu mostram também que pelo menos dois terços das pessoas que cometem suicídio haviam comunicado a intenção, de alguma maneira, aos amigos e à família.

“Quem tenta o suicídio quer acabar com uma dor psíquica, com um momento difícil pelo qual está passando. E quem tenta uma vez, se não houver um trabalho ou um suporte, vai tentar de novo até conseguir”, concluiu Elaine.

O infográfico dos sinais de alerta, abaixo, nos ajudará a ajudar alguém, em alguma situação. Estejamos também alertas!



Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-09-10/distrito-federal-lanca-programa-para-prevenir-suicidios

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Valorização da vida é tema de caminhada no Ceará


Projeto de extensão da UFC promoveu a III Caminhada Pravida 

Movimento quer mostrar que há tratamento para quem vê no suicídio única solução
 
Um assunto velado e cheio de tabus ganhou espaço ao percorrer trecho da avenida Beira Mar, na manhã deste domingo, 9.

O projeto Pravida realizou a terceira edição da caminhada para mostrar que é possível prevenir suicídios por meio da valorização da vida. O Pravida é projeto de extensão dos cursos de Medicina e Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e promove atendimentos de pessoas que tentaram tirar a própria vida.

O objetivo da caminhada, explica o coordenador do Pravida, Fábio Gomes de Matos, é mostrar que é preciso dar valor à vida, aos vínculos sociais, e prevenir os cinco transtornos que, segundo ele, são os maiores causadores de tentativas de suicídio. “Cem por cento dos casos de suicídios se explicam na depressão, no transtorno bipolar, na dependência de substâncias, na esquizofrenia e no transtorno de personalidade limítrofe”, enumera. Por isso, cita o médico, o diagnóstico e o tratamento desses transtornos são essenciais para evitar atitudes extremas.

Além disso, Fábio Gomes de Matos comenta que reduzir o acesso das pessoas aos meios de morte e o tratamento dos grupos de risco são atitudes importantes neste processo de valorização da vida. “A sociedade precisa estar atenta para salvar vidas”, pontua. Por isso, diz, todos devem participar da caminhada, que seguirá do começo da avenida Beira Mar até a Praça dos Estressados, onde haverá estandes de entidades que lidam cotidianamente com as vítimas desses transtornos.

O médico afirma que o Provida elaborou Plano Municipal de Prevenção do Suicídio, a ser entregue aos candidatos à Prefeitura de Fortaleza, para que haja ampliação da rede de assistência e prevenção.

O psiquiatra João Dummar Filho reforça ser necessário desmistificar o suicídio e melhorar o sistema de assistência psiquiátrica. “Prevenir doenças evita suicídios. E o uso de drogas pode levar a um quadro depressivo e a essa atitude. Precisamos reforçar que, se a pessoa tem problemas, deve procurar ajuda”, destaca. (Mariana Lazari-marianalazari@opovo.com.br)

Entenda a notícia

Segundo o Pravida, o índice de suicídios no Nordeste subiu 130% em 10 anos. A caminhada marca o dia mundial de prevenção ao suicídio (10/9).

Serviço
Atendimentos do Projeto Pravida
Onde: Hospital Universitário Walter Cantídio (rua Capitão Francisco, 1.290)
Saiba mais: www.pravida.ufc.br

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2012/09/08/noticiasjornalfortaleza,2916054/valorizacao-da-vida-e-tema-de-caminhada.shtml

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

1º Simpósio de Prevenção do Suicídio em São Caetano do Sul


1º Simpósio de Prevenção do Suicídio de São Caetano é realizado na cidade

O auditório do Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação (Cecape) Dra. Zilda Arns, de São Caetano do Sul (Rua Tapajós, 300, Bairro Barcelona), receberá o 1º Simpósio de Prevenção do Suicídio da cidade. O encontro, que ocorre na segunda-feira (10/9), Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, a partir das 20 horas, visa discutir o tema com as instituições que vivenciam essa realidade, trazendo informações relevantes que fomentem a prevenção como ação possível e confiável, junto à sociedade – mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4228-4111.

Fonte: http://www.portaldograndeabc.com/pgabc/noticias/noticia.php?1-simposio-de-prevencao-do-suicidio-de-sao-caetano-e-realizado-na-cidade&n=10539

Jornada de Prevenção ao Suicídio em Brasília


A I Jornada de Prevenção ao Suicídio na Universidade Católica de Brasília ocorrerá no 11 de setembro de 2012, no Auditório Central e terá as seguintes atividades:

Manhã 
7:30 Inscrições

8:30 Role play (encenação) Intervenção em Crise na Tentativa de Suicídio

10:00 Mesa Redonda Esforços para a Prevenção do Suicídio: a contribuição interdisciplinar
Profa. MSc. Cibelle Antunes (UCB)
Edmar Carrusca de Oliveira (ISM – SES/DF)
Profa. Débora Santos Lula Barros (UCB)
Profa. Carla Luciene de Moraes Sousa (UCB)
Anunciação (Amigos da SM)

Tarde
14:00 Mesa Redonda Abordagem do risco de suicídio na rede de saúde mental da região sudoeste da SES-DF
HSVP – Dra. Jussane Cabral Mendonça
CAPS II Taguatinga – Fabiana Lopes Dimas
CAPS II Samambaia – MSc. Felipe Rosa-Lima

16:20 Oficina Terapêutica O Valor da Vida (CAPS II Samambaia – Aline Ogliane)

Noite
19:30 Palestra Prevenção do Suicídio em pessoas idosas
Coordenador: Prof. Dr. Vicente Paulo Alves (UCB)
Palestrante: Profa. Dra. Fátima Gonçalves Cavalcante (FIOCRUZ-RJ)

20:45 Mesa Redonda Comunicação do comportamento suicida: A mídia como instrumento de prevenção
Coordenadora: Profa. MSc. Angélica Cordova Machado
Miletto (UCB)
Fábio William (Rede Globo de Televisão)
André Trigueiro (Rede Globo de Televisão)

1ª Jornada de Prevenção do Suicídio do Distrito Federal


Reconhecido como o Dia Internacional de Prevenção do Suicídio em todo o mundo, o 10 de setembro é um grande marco para a realização de atividades de conscientização sobre esse grave problema de saúde pública. Em Brasília, a data marca a abertura da 1ª Jornada de Prevenção do Suicídio do Distrito Federal, que reúne a Universidade de Brasília, o Governo do Distrito Federal e diversas instituições parceiras em torno de temas como prevenção do suicídio em escolas, hospitais, na rede de saúde mental do DF e nas diferentes fases da vida. A programação vai até o dia 20.
O encontro é gratuito e aberto ao público, principalmente para quem busca capacitação para ajudar aqueles que vivem situações emocionalmente intensas a saírem do limiar de risco. Para participar, basta cadastrar-se no site www.redepelavida.com.br ou na segunda-feira, dia 10, às 8h, durante a abertura da Jornada, no auditório do Instituto de Química da UnB. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Diretoria de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (DISAM/DF), por meio da Coordenação de Prevenção do Suicídio, e o Laboratório de Saúde Mental e Cultura da UnB.
O dia de abertura inclui três mesas-redondas e uma palestra que lançará a Política Distrital de Prevenção do Suicídio da DISAM/DF. A mesa contará com a presença do reitor José Geraldo Sousa Junior, da decana de Gestão de Pessoas da UnB, Gilca Ribeiro Starling Diniz, e do professor Marcelo Tavares, coordenador do Núcleo de Intervenção em Crise e Prevenção do Suicídio do IP/UnB, entre outros profissionais da área.
“A prevenção é mais barata do que o tratamento; e o tratamento é mais barato do que não fazer nada”, elucida o professor Marcelo Tavares, que trabalha com o tema desde 1987 e é representante do Fórum Permanente de Prevenção do Suicídio, grupo interinstitucional que promove a Jornada. Segundo o professor, a realização da jornada é uma vitória do Núcleo do IP e de seus parceiros – instituições que têm interesse declarado na prevenção do suicídio e que incluem a Universidade Católica de Brasília e a Secretaria de Saúde do DF, entre outros.
"A ideia do Forum é sensibilizar e mobilizar a sociedade para a prevenção do suicídio”, diz o professor. A Universidade participa do Fórum por meio do Instituto de Psicologia (IP); do DGP, da Coordenadoria de Intervenção em Crise; e da Psiquiatria do Hospital Universitário de Brasília (HUB).
Segundo o professor, "a UnB tem um pioneirismo na área de prevenção do suicídio que começa com a construção do Núcleo de Intervenção em Crise e Prevenção do Suicídio do IP, que inicia a formação de pessoas para trabalhar com este tema”. O professor Tavares explica a diferença na abordagem preventiva: “Quando se fala em prevenção do suicídio, muitas vezes as pessoas pensam em uma pessoa que está depressiva, desesperada – mas isto é, na verdade, intervenção em crise. Quando se fala em prevenção, ao contrário, a ideia é trabalhar com todo mundo, de forma universal. E este trabalho de prevenção começa na escola, ajudando as crianças a desenvolverem características que as tornem aptas a lidar com os desafios que a vida apresenta”, diz.
A I Jornada de Prevenção do Suicídio do DF segue até o dia 20, abordando um tema diferente a cada dia: 
  • Política Distrital de Prevenção do Suicídio (10); 
  • Prevenção do Suicídio (11); 
  • "A Ponte" – O Suicídio Documentado (12); 
  • Prevenção do Suicídio em Hospitais Gerais (13); 
  • Professor e a Escola como Agentes de Prevenção do Suicídio (14); 
  • Caminhada dos "Amigos da Vida" no Parque da Cidade (15); 
  • A Crise Suicida (17); 
  • Prevenção do suicídio nos contextos universitário, de trabalho e de grupos de risco (18)
  • Audiência Pública (19); 
  • Prevenção do Suicídio na Atenção Primária e Rede de Saúde Mental e Suicídio: Compondo as Estratégias de Cuidado no CAPS (20). 

Fonte: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=7034

Suicídio de idosos no Brasil: estudo financiado pela ENSP


Pesquisa revela perfil do suicídio de idosos no Brasil

Com o objetivo de compreender a magnitude e a significância do suicídio na população brasileira acima de 60 anos, pesquisadores do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/ENSP), em parceria com pesquisadores de programas de pós-graduação e serviços de saúde de diversos estados brasileiros, desenvolveram a pesquisa É possível prevenir a antecipação do fim? Suicídio de idosos no Brasil e possibilidades de atuação do setor saúde. O estudo, financiado pelo Programa Inova ENSP – que incentiva e apoia investigações de temas novos que possam contribuir estrategicamente para o avanço da saúde pública –, resultou em importantes frutos.

O primeiro deles foi o lançamento do número temático da Revista Ciência e Saúde Coletiva (volume 17, número 8), que reúne artigos de todos os pesquisadores que participaram do estudo, sendo três de cunho epidemiológico que tratam da magnitude do fenômeno no país, por regiões e por municípios, segundo sexo e segmentos de idade entre os idosos e fatores de risco. A outra parte do conjunto de textos disponíveis na edição temática discute os aspectos qualitativos das mortes autoinflingidas e traz, entre outros aspectos, informações circunstanciadas dos casos, impactos na família, clivagem de gênero e análise dos instrumentos utilizados para a pesquisa, descrição do trabalho de campo e, por fim, a análise de uma experiência de prevenção.

O grupo apresenta também um sumário executivo que resume para leigos o conjunto de informações e oferece sugestões para prevenção. Esse sumário executivo, mais um fruto da pesquisa, foi apresentado à sociedade durante a realização do I Seminário Nacional sobre Prevenção de Suicídio de Pessoas Idosas, realizado, de 29 a 31 de agosto, no Hotel Novo Mundo, no Rio de Janeiro. Participaram cerca de 300 pessoas oriundas de 16 estados brasileiros e com representação de todas as regiões. Entre elas, profissionais de diversas áreas: médicos, psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, advogados, pedagogos, nutricionistas, administradores, empresários, arteterapeutas, cuidadores de idosos, técnicos judiciários, pesquisadores, voluntários e alunos de pós-graduação em medicina, enfermagem, geriatria, políticas públicas e psicologia.

O seminário chamou atenção para temas como o acelerado envelhecimento da população brasileira, sobretudo da população acima de 75 anos; a magnitude, a localização e os fatores de risco para o suicídio de idosos; o resultado de um estudo qualitativo baseado nas chamadas autópsias psicossociais; a metodologia e os instrumentos empregados no estudo; a questão de gênero que tem grande peso na apresentação do fenômeno; as consequências do suicídio dos idosos em suas famílias; e as propostas de prevenção e recomendações para o setor saúde. De acordo com Cecília Minayo, coordenadora científica do Claves/ENSP, o seminário propôs a reflexão sobre um tema muito importante e presente em várias áreas disciplinares e diversos campos de atuação. E foi esse o tema tratado na pesquisa É possível prevenir a antecipação do fim? Suicídio de idosos no Brasil e possibilidades de atuação do setor saúde.

Leia abaixo a entrevista com a coordenadora sobre o desenvolvimento e os resultados da pesquisa.

Informe ENSP: Como foi realizado o desenvolvimento da pesquisa É possível prevenir a antecipação do fim? Suicídio de idosos no Brasil e possibilidades de atuação do setor saúde?

Cecília Minayo: O estudo foi realizado no período de 2010 a 2012 e contemplou uma dimensão de magnitude (abordagem epidemiológica) e outra de aprofundamento (abordagem qualitativa psicossocial). Do ponto de vista epidemiológico, abrangeu todos os idosos com 60 anos ou mais que faleceram por suicídio no período de 1980 a 2009 no Brasil. Foram realizados três estudos que permitiram dimensionar o problema nacionalmente e, ao mesmo tempo, subsidiar a elaboração de critérios para a realização da pesquisa qualitativa, foco principal do estudo.

A pesquisa epidemiológica trouxe um conhecimento abrangente e geral sobre o fenômeno do suicídio. Mas foi nosso escopo conhecer as circunstâncias em que os idosos estão morrendo por suicídio no Brasil. A resposta a essa indagação só foi possível por meio de um estudo qualitativo que promoveu uma contextualização das localidades e dos casos e teve como base o instrumento chamado autópsia psicossocial (estratégia de investigação dos suicídios consumados).

Informe ENSP: Quais foram as regiões escolhidas para o desenvolvimento do estudo?

Cecília Minayo: Foram estudados pelo menos cinco casos de idosos e idosas que faleceram por suicídio em cada dez municípios, o que equivale a um total de 50 casos pesquisados qualitativamente. A pesquisa qualitativa foi realizada Manaus (Amazonas), no Norte; Fortaleza e Tauá (Ceará), e Teresina (Piauí), no Nordeste; Campo Grande e Dourados (Mato Grosso do Sul), no Centro-Oeste; Campos de Goytacazes (Rio de Janeiro), no Sudeste; e Venâncio Aires, Candelária e São Lourenço (Rio Grande do Sul), no Sul. O Norte e o Sudeste tiveram representação de apenas uma localidade cada um. No Norte, isso se explica porque o levantamento estatístico mostrou existirem, em toda a série histórica, baixas taxas de suicídio. E no Sudeste porque ela havia sido contemplada com uma investigação sobre o mesmo tema e pelas mesmas coordenadoras do projeto em 2009. Assim, demos ênfase ao Sul, Nordeste e Centro-Oeste, regiões onde foram identificadas elevadas taxas de mortes de idosos por suicídio.

Informe ENSP: Quais foram as dificuldades encontradas em relação ao acesso às famílias das vítimas e às instituições de saúde?

Cecília Minayo: Os pesquisadores apontaram alguns impasses ocorridos no trabalho: dificuldade de algumas instituições em dar acesso aos dados; problemas na localização das famílias; recusa de familiares em falar sobre o fato; episódios de negação ou de dúvidas por parte de alguns parentes durante os encontros; questionamento se realmente seu familiar idoso havia se suicidado; e não comparecimento de alguns interlocutores às entrevistas agendadas. Outra dificuldade encontrada foi a exigência da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido por parte dos participantes, como preconiza a Resolução sobre Ética da Pesquisa com Seres Humanos do Ministério da Saúde. Isso porque alguns familiares tiveram medo de se expor e se recusaram a firmá-lo, com receio de qualquer comprometimento judicial. Essas pessoas que se recusaram não foram incluídas na pesquisa.

Informe ENSP: Quais foram os resultados encontrados pela pesquisa?

Cecília Minayo: Verificamos que, nos triênios de 1997–2000 e 2003–2006, 3.039 municípios brasileiros tiveram registros e casos de suicídio de pessoas com mais de 60 anos. Isso corresponde a 54,6% do total de municípios. De 1980 a 2008, as taxas de suicídio na população geral no país passaram de 4,0 em cada 100 mil habitantes para 4,8. Esses índices foram mais ou menos constantes e demonstram uma leve tendência de crescimento. No entanto, o país se mantém entre os que têm menores taxas, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esse crescimento suave – porém consistente – se deve, sobretudo, ao crescimento das mortes autoinfligidas na população masculina de todas as idades e, especialmente, na população acima de 60 anos. Dos 50 municípios brasileiros com os índices mais elevados de mortes autoprovocadas entre pessoas acima de 60 anos, 90% estão no Sul. O Norte é a região que apresenta as menores taxas. Constatou-se também que os idosos morrem principalmente em suas próprias residências (51%).

Informe ENSP: Como o próprio nome da pesquisa questiona, é possível prevenir a antecipação do fim? Como o setor saúde deve atuar para reduzir os casos de mortes de idosos por suicídio?

Cecília Minayo: O desafio da prevenção do suicídio consiste em identificar pessoas em situação de vulnerabilidade, entender as circunstâncias que influenciam seu comportamento suicida e estruturar intervenções eficazes. A prevenção deve ser classificada em termos universais, seletivos e específicos. A prevenção chamada universal visa reduzir a incidência de novos casos por meio de ações educativas; a seletiva concentra-se em grupos expostos a situações de risco; e a específica dirige-se aos indivíduos – ou seja, exige-se uma ação individual para cada caso – que manifestam desejo ou ideação suicida.

As propostas brasileiras seguem uma tendência de realizar ações de prevenção que já estão sendo efetivadas em diversos países do mundo, muitas das quais por meio de rastreamento de situações de vulnerabilidade e ações educativas. Há evidências de resultados de programas exitosos em países europeus, nos Estados Unidos e no Japão, onde as taxas de suicídio são muito mais elevadas que no Brasil. Tais programas vêm diminuindo significativamente as mortes autoinflingidas nesses países. Todos os programas de intervenções com o objetivo de prevenir seguem orientações da OMS. E é preciso deixar claro que as famílias, os profissionais de saúde e de assistência social e ONGs destinadas a prevenir a morte por suicídio podem fazer muito pelas pessoas. No entanto, cada caso é um caso e existe uma decisão individual e intransferível em cada ato suicida.

No Brasil, enquanto avançaram as propostas para a população em geral, nada tem sido preconizado para os casos de suicídio de idosos. Isso é compreensível, pois a literatura nacional sobre o tema jamais havia privilegiado esse grupo. Podemos dizer que, em relação à população de 60 anos ou mais, muito do que é aconselhado nos documentos nacionais é importante, mas não é suficiente. As ações propostas para a população em geral incluem a melhoria da qualidade de vida dos grupos mais atingidos e a eliminação do estigma em torno do tema.

A proposta de atenção integral e o atendimento de pessoas em situação de risco e vulnerabilidade em linhas de cuidado constituem um dos cenários para a organização de políticas de atenção, tendo em mente a integralidade e a ação intersetorial. É muito importante ressaltar que pouco se sabe no país de atuações concretas em relação à problemática do suicídio, mesmo em locais onde as taxas são muito elevadas. E devemos oferecer aos idosos uma atenção peculiar baseada nos fatores associados que são, principalmente, o isolamento social, o sofrimento intenso por doenças degenerativas, a perda do sentido da vida, os vários tipos de depressão, entre outros.

domingo, 2 de setembro de 2012

6ª Semana de Valorização da Vida - CVV


Programação 

10/09/2012 - 2ª feira - 19h às 21h
Local - ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing
Rua Álvaro Alvim, 123, Vila Mariana, São Paulo.

Encontro com Jornalista - Tema Suicídio
André Trigueiro (Globo News)
Valmir Solaro(Tv Globo)
Afonso Mônaco(R7)
Claudia Collucci ( Folha São Paulo)
Eugenio Bucci
Suzana Singer


11/09/2012 – 3ª feira - 19 às 22h 
Local: Câmara Municipal de São Paulo- Viaduto Jacareí, 100 1º Subsolo
Sala Sérgio Vieira de Melo - Bela Vista - SP

19:30 às 20:40h - Suicídio 
Palestrante Dra. Alexandrina M.Augusto Meleiro - Doutora em Medicina/Dep. Psiquiatria na Faculdade de Medicina USP

20:40 às 22h - Como Viver Melhor
Palestrante: Dra. Rosana Bueno - Psicóloga, pós-graduada em psicologia organizacional, Mediadora de Conflitos e Palestrante Empresarial.


12/09/2012 – 4ª feira - 19 às 22h 
Local: Teatro do Hospital Santa Catarina - Av. Paulista, 200 - Bela Vista - SP

19:30 às 20:40h - A escola do século XXI
Palestrante: Alexandre Pelegi - Jornalista e Radialista do programa Primeiro Programa - Escritor e Palestrante. 

13/09/2012 – 5ª feira - 19 às 22h 
Local: Cruz Vermelha Brasileira - Av. Moreira Guimarães, 699 - Indianópolis. 

19:30 às 20:40h - Cultura de Paz e Sustentabilidade 
Palestrante: Lia Diskin - Cofundadora da Associação Palas Athena, Jornalista, autora e coautora de diversas publicações sobre cultura de paz e sustentabilidade.

20:40 às 22h - Como Cuidar do Meu Idoso
Palestrante: Fernanda Maria Favere Augusto - Assistente Social, Coordenadora e Professora do Curso para Formação de Cuidador de Idoso do Centro de Referência ao Idoso (Cri-Norte).

14/09/2012 – 6ª feira - 19 às 22h 
Local: Câmara Municipal de São Paulo - Viaduto Jacareí, 100 - 1º Subsolo - Sala Sérgio Vieira de Melo

19:30 às 20:40h -Voluntariado como Instrumento de Valorização da Vida
Palestrante: Sílvia Louzã Nacacche - Coordenadora do Centro de Voluntariado de São Paulo e Palestrante.

20:40 às 22h - Bullyings e CiberBullyings 
Palestrante: Profº Edésio Santana - Professor do Ensino Médio e Superior, Escritor e Palestrante, especialista no tema Bullying.

15/09/2012 – Sábado - 14 às 18h  
Local: SESC Unidade Vila Mariana - Rua Pelotas, 141 - Vila Mariana - SP

14:30 às 15:40h - Deficiência: como Valorizar a Vida
Palestrante: Representante do Instituto Mara Gabrilli - Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida

16 às 17:20h - Educação e Cultura como Ferramenta para Valorizar a Vida
Palestrante: Vanessa Pippins - Formada em Direito e Jornalismo e Mestre em Educação, mobilizadora regional do Canal Futura e articuladora de redes sociais.

17:20 às 18h - Encerramento da Semana de Valorização da Vida.

Obs: Será fornecido comprovante de comparecimento aos que solicitarem.

Para relembrar: 10 de setembro, Dia Mundial...



Dia Mundial de Prevenção do Suicídio

No Dia Mundial de Prevenção do Suicídio se promove o compromisso mundial e medidas para prevenir suicídios.

De acordo com a OMS, o suicídio está entre as 20 primeiras causas de morte globalmente em todas as faixas etárias. Todos os anos, aproximadamente 1 milhão de pessoas morrem por suicídio.

A prevenção pode ser feita de maneira eficaz pela restrição do acesso aos meios para o suicídio, como substâncias tóxicas e armas de fogo, identificação e administração de pessoas que sofrem de desordens mentais e abuso de substâncias, melhora no acesso a serviços de saúde e sociais, e notificação responsável do suicídio pela mídia.

Documento de referência: Ação de saúde pública para a prevenção do suicídio (em inglês): o objetivo do documento é subsidiar os governos no desenvolvimento e implementação de estratégias para a prevenção do suicídio, bem como para ajudar àqueles que já iniciaram o processo de formulação de estratégias nacionais de prevenção do suicídio.

O documento baseia-se em evidências de 15 anos de pesquisa e identifica elementos importantes de uma estrutura para fundamentar ações públicas a fim de prevenir o suicídio.

Fonte: OMS

Suicídio e bullying no Japão: reação do governo


Aprovado novas diretrizes de prevenção de suicídio

O governo adotou novas orientações para a prevenção do suicídio para lidar com o bullying escolar e apoio para emprego, com os suicídios entre os jovens em ascensão.

As novas diretrizes apontam para estes casos, enquanto as medidas do governo para prevenir suicídios de meia-idade e idosos têm dado certo resultado.

Um documento do governo informou que o número de suicídios de estudantes ultrapassou 1000 pela primeira vez, em 2011.

O governo chamou as escolas para que intensifiquem os esforços para lidar com o bullying e questões conexas, depois que um estudante de 13 anos em Otsu se matou em outubro do ano passado depois de ser maltratado por outros estudantes.

As diretrizes ressaltam a importância da cooperação da escola na comunidade, de modo que o bullying escolar não seja escondido.

Fonte: http://portalwebnews.com/index.php/2012/08/29/aprovado-novas-diretrizes-de-prevencao-de-suicidio/

Grupo Vida, de Diamantina, Minas Gerais

Professores e alunos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, campus de Diamantina, estão empenhados em ações organizadas e consistentes de pesquisa e prevenção do suicídio. Trata-se do Grupo Vida - Suicidologia, que em 2011 estendeu ainda mais suas atividades ao criar o Núcleo de Valorização da Vida (NVV).


Ao aproximar-se o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio o Grupo Vida promoverá o seguinte evento:

Cursos Prevenção de Suicídios

Curso A
5 de setembro (4ª feira)
Manhã - 8h
Tarde - 14h

Curso B
11 e 12 de setembro (3ª e 4ª feira)
Noite - 18:30h

Local: Campus I - Sala 25/ prédio 2 (Diamantina-MG)

Os cursos são gratuitos e dão direito a certificado

Inscrições: grupovida.suicidios@yahoo.com.br
Mais informações:  Tel.: (38) 3532-6000, R. 6093; Tel.: (38) 9194-7378.

Por fim, vejamos abaixo o convite do grupo, para que efetiva e simbolicamente nos unamos neste 10 de Setembro próximo!


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Centro de Valorização da Vida oferece apoio online para crianças com depressão


O Centro de Valorização da Vida (CVV) de Araraquara oferece serviços de assistência aos adolescentes e crianças com depressão e de prevenção do suicídio através de um chat online.

Veja o vídeo!


4º Seminário de Prevenção do Suicídio da UERJ



PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR 

10/9 - Manhã

9:00h às 9:30h- Abertura - Profa . Dra. Maria Christina Paixão Maioli (UERJ)
                                             Coral do Meio Dia (UERJ)

9:30h às 11:00h - Prevenção do Suicídio através do mundo: fortalecendo os fatores protetores e incutindo a esperança.  Profa.  Dra. Blanca Suzana Guevara Werlang (PUC/RS) 

11:15h às 12:30h - Mesa Redonda com o tema: “As diferentes abordagens psicológicas para a prevenção do suicídio”.  Moderador: Isidoro Eduardo Americano do Brasil

Palestrantes:
.  Profa.  Selena Cavarelli (UFRJ) - Psicanálise 
.  Profa.  Eliane Falcone (Instituto de Psicologia/UERJ) - Terapia Cognitiva Comportamental
.  Profa.  Marizete Rodrigues (Instituto Logos) - Psicoterapia Existencial Humanista Sistêmica Familiar 

10/9 - Tarde

13:50h às 14:00 - Jingle do CVV: “Conheça o CVV em 2 minutos”  - apresentador  Sr. Inácio (voluntário do CVV)

14:00h às 15:30h - Mesa Redonda com o tema: “Acolhimento ao alunos universitários: uma forma de prevenção” - Moderador: Ademir Pacelli (Uerj) 

Palestrantes: 
. Profa.  Rosi Mary Bergeron (USA/WOU)- Programa de acolhida aos estudantes na Universidade do Oregon 
.  Profa.  Dra. Celia Caldeira Fonseca Kestenberg (UERJ) - Acolhida ao estudante de Enfermagem da UERJ 
.  Profa.  Sandra Torres Serra (PAPE/UERJ) - Programa de Apoio Psicopedagógico ao Estudante (PAPE) da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ

15:45h às 17:15h- Mesa redonda com o tema: “Estabelecendo barreiras para a prevenção do suicídio” - Moderador: Luiz Augusto Brites Villano (UERJ)
 
Palestrantes: 
.  Profa.  Dra. Alexandra Tsallis (IP/UERJ) - Barreira Humana: uma ideia de prevenção. 
.  Profa.  Karina Okajima Fukumitsu (UPM/SP) - Processo de luto do filho da pessoa que cometeu o suicídio: reflexões sobre prevenção. 
.  André Carvalho Netto (UERJ/HUPE) 

A partir de 17:30h - Coquetel  e  lançamento dos livros: 

. “CVV - Como Vai Você” - Dalmo Duque dos Santos

. “Trocando  Seis  Por Meia Dúzia: Suicídio como emergência do Rio de Janeiro” - Org. Carlos  Estellita-Lins

Apresentação da peça “Queda livre”
                 
 11/9 - Manhã

9:00h às 12:30h -  Oficina do Centro de Valorização da Vida ( Auditório 11) 

Abertura:  Moiza Margarete Nunes (Coordenadora do posto Maracanã) e membros do CVV

Palestra: Sr. Arthur Antônio Mondim (CVV/Web) - “O futuro da prevenção de suicídio no Brasil”

Cine-ser-CVV/Debate: Tema - “Lembranças” - Debatedor: Sr. Luiz de Oliveira (voluntário CVV)

MINI CURSOS (apenas para inscritos no seminário)

.  Mini Curso 1: 
Trabalhando com Grupos
Professor: Profa. Glória Maria Silva (UERJ) - Psicóloga 
Carga Horária: 3h 
Vagas: 25
Público-alvo: profissionais de saúde inclusive universitários: Enfermagem, Medicina, Psicologia, Nutrição, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Fisioterapia
Local: Centro de Treinamento da SRH 
Horário: 9:30h às 12:30h 
Ementa: O curso aborda os principais aspectos gerais e fenômenos específicos no trabalho com grupo. 

.  Mini Curso 2: 
Carícia: a importância do reconhecimento essencial
Professor: Prof. Jorge Rogério Fagim (UERJ) - Médico e Analista Transacional clínico 
Carga Horária: 3h 
Vagas: 25
Público-alvo: Pessoas interessadas em conhecer o conceito da Carícia da Análise Transacional
Local: Centro de Treinamento da SRH 
Horário: 9:30h às 12:30h
Ementa: Este workshop se baseia num dos conceitos e instrumentos da Análise Transacional (AT), uma teoria da personalidade criada pelo psiquiatra Dr. Eric Berne no final da década de 50, denominado CARÍCIA (Strucks). De acordo com a definição da International Transactional Analysis Association (ITAA) "A Análise Transacional é uma teoria da personalidade e uma psicoterapia sistemática para o crescimento e a mudança pessoal". É também uma filosofia de vida, uma teoria da Psicologia individual e social. Possui um conjunto de técnicas de mudança positiva que possibilita uma tomada de posição quanto ao ser humano. Segundo Berne a Carícia é a “unidade de reconhecimento”, ou seja, qualquer estímulo social, intencional, que reconhece a existência do outro. Constitui (como o alimento, o sexo, etc.) uma das fomes básicas (inatas) do ser humano, ou seja, todos nós necessitamos de Carícias em nosso dia a dia. Da mesma forma como o alimento, todos nós necessitamos de uma cota mínima diária para sobreviver, mas, o grande problema é como buscamos as Carícias que necessitamos. Infelizmente, buscamos mais a Carícia negativa (“falem mal, mas, falem de mim”) para completarmos a nossa cota diária, até porque existe uma escassez no  mundo.  Neste workshop, de forma teórica e vivencial, apresentamos os experimentos e conclusões que levaram Berne ao conceito de Carícia, Fomes Básicas e, posteriormente, por um dos seus principais colaboradores (Claude Steiner), o das Leis de Economia e Abundância de Carícias. 

.  Mini Curso 3: 
Avaliação do risco de suicídio: entrevista, escalas, intervenções.
Professor: Carlos Estellita-Lins (FIOCRUZ/ICICT)
Carga Horária: 3h 
Vagas: 25
Público- alvo: profissionais de saúde inclusive universitários: Enfermagem, Medicina, Psicologia, Nutrição, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Fisioterapia
Local: Centro de Treinamento da SRH 
Horário: 9:30h às 12:30h
Ementa: O curso  busca expor os princípios de uma correta avaliação de pessoas em  risco de suicídio  utilizando critérios baseados em evidência. Serão discutidos aspectos cardinais na avaliação diagnóstica e de crise como a condução da entrevista, a utilização de escalas de risco de suicídio e as intervenções necessárias.
         
11/9 - Tarde
             
.  Mini Curso 4:  
Intervenção terapêutica com usuários em risco de suicídio: Acompanhamento terapêutico e psicoterapia 
Professora: Verônica Miranda (UERJ) e Rosi Mary Bergeron (USA/WOU)  
Carga Horária: 3h 
Vagas: 25
Público-alvo: profissionais de saúde inclusive universitários: Enfermagem, Medicina, Psicologia, Nutrição, Serviço Social, Terapia Ocupacional, Fisioterapia
Local: Centro de Treinamento da SRH 
Horário: 14:00h às 17:00 h
Ementa: O curso visa mostrar a importância da interdisciplinaridade no risco de suicídio. E abordar
o  procedimento  de  intervenções  terapêuticas  na  psicoterapia.  Como também  o  protocolo  de
Acompanhamento terapêutico (rotina, anamnese, objetivos reintegrativos e a avaliação do risco).

COMISSÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA

.  Deise Sanches (UERJ) - Enfermeira
.  Glória Maria Silva (UERJ) - Psicóloga
.  Isadora Ramos (UERJ) - Psicóloga
.  Jorge Fagim (UERJ) - Médico
.  Marcelo Abreu (UERJ) - Pedagogo voluntário
.  Maria Márcia Lopes Carvalho (UERJ) - Estagiária de Psicologia
.  Verônica Miranda de Oliveira (UERJ) - Psicóloga

Coordenação Geral: Prof a . Dra. Maria Christina Paixão Maioli
Secretária: Guacira Dias de Oliveira (UERJ)

Informações e contatos

Data: 10 e11/09/2012
Local: Capela Ecumênica - UERJ
Endereço NACE: Rua São Francisco Xavier, 524, Bl E- 2º andar - Sala 2009,
Maracanã. Rio de Janeiro 
e-mail: uerjpelavida2012@gmail.com
Tel/Fax: (21) 2334-0987/ 2334-0983.

Gratuitas, as inscrições do seminário devem ser feitas por e-mail ou no local, no dia 10/9 (vagas limitadas)