sábado, 6 de outubro de 2012

Formação para prevenção ao suicídio: o papel do clínico geral

O artigo abaixo trata de tema da maior importância para os médicos, que naturalmente estão na linha de frente (nas clínicas, urgências e emergências) lidando com pessoas acometidas de doenças mentais - das leves às severas. A depender do diagnóstico e do encaminhamento risco de alguns dos pacientes consultados virem a praticar o suicídio pode ser amenizado ou eliminado...

A questão que se coloca, portanto, é se os médicos brasileiros estão preparados esta tarefa!

O alerta vem de além-mar, mas certamente serve aos nós do lado de cá do Atlântico.

Prevenção do suicídio deverá incidir na formação dos profissionais de saúde

O Programa Nacional de Prevenção do Suicídio (PNPS) deverá "insistir muito" na formação dos profissionais de saúde a nível dos cuidados primários, afirmou o responsável pela elaboração do plano.

Álvaro de Carvalho, psiquiatra e presidente da comissão de peritos que está a elaborar o PNPS, reconheceu que "a formação, em termos do diagnóstico dos problemas de saúde mental e da terapêutica adequada, nem sempre é a melhor entre nós".

O responsável referiu dados recentes que indicam que Portugal é um dos países da União Europeia onde as pessoas mais recorrem ao clínico geral quando têm problemas de saúde mentais ou emocionais.

"Sabe-se que um número muito significativo de pessoas que cometeram suicídio procurou, no ano anterior, o seu clínico geral", revelou à agência Lusa o psiquiatra.

Estes números sustentam, segundo Álvaro de Carvalho, a necessidade de "insistir muito na grande importância da formação dos profissionais de saúde, a nível dos cuidados primários, sobre as situações de risco de suicídio".

De acordo com o responsável pelo PNPS, em preparação, existem, em Portugal, 36 serviços locais de saúde mental em hospitais gerais, "que estabelecem a ponte com os cuidados primários", bem como entre 12 e 15 equipas, com funções idênticas, nos hospitais psiquiátricos.

"Mesmo assim, há um trabalho muito grande a fazer, no sentido de habilitar os profissionais dos cuidados primários para uma melhor capacidade de diagnóstico e terapêutica", acrescentou.

Álvaro de Carvalho vincou a "grande importância", em "situações de crise", nas quais os fatores de risco de suicídio, como a depressão e o consumo de álcool, têm tendência a agravar-se, do "desenvolvimento de cuidados de saúde de proximidade", aliado ao "reforço dos apoios sociais e de requalificação, a nível profissional, das pessoas que ficam desempregadas".

ALERT Life Sciences Computing, S.A.  - 12 Setembro 2012
http://www.alert-online.com/br/news/health-portal/prevencao-do-suicidio-devera-incidir-na-formacao-dos-profissionais-de-saude

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