domingo, 14 de abril de 2013

Livro de José Bertolote, "O Suicídio e sua Prevenção", na Folha de São Paulo


Suicídio, modo de evitar

Fernando Tadeu de Moraes

Prevista para este ano, a inclusão de uma categoria de comportamentos suicidas no novo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o chamado DSM 5, referência na área de saúde mental em todo o mundo, pode ajudar os médicos a quantificar melhor esse fenômeno, em especial as tentativas, cujas taxas podem ser 40 vezes mais altas do que as dos suicídios consumados.

Essa é a opinião do psiquiatra José Manoel Bertolote, que acaba de lançar "O Suicídio e sua Prevenção" [Unesp, 142 págs., R$ 18]. Ele afirma, em entrevista à Folha, que a depressão, o alcoolismo e a esquizofrenia são as três principais causas por trás das mortes autoinflingidas.

Estima-se hoje em 1 milhão o número anual de mortes por suicídio em todo o mundo. Isso o coloca como uma das "três principais causa de óbitos em determinadas faixas etárias de vários países e em várias regiões do globo", escreve Bertolote. No livro, o psiquiatra traça um histórico sobre o tema a respeito do qual já se debruçaram teólogos, juristas, filósofos, sociólogos entre outros, e analisa, sob o prisma da saúde pública, suas causas no Brasil e no mundo.

Bertolote, 65, trabalhou por quase 20 anos na OMS (Organização Mundial da Saúde), onde chefiou a equipe de transtornos mentais e neurológicos. Uma de suas atribuições nesse período era auxiliar países a elaborar políticas de prevenção de suicídio. Hoje, ele é professor voluntário na Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu, na qual se formou em 1971.

Durante a entrevista, Bertolote fez um pedido: gostaria que fosse incluído neste texto o número do telefone do Centro de Valorização da Vida, o CVV: 141.

*.*

Folha - Como o sr. vê a inclusão da categoria de comportamentos suicidas no novo manual de psiquiatria?

José Manoel Bertolote - Vejo com bons olhos. Hoje há boas estatísticas de mortes por suicídio para cerca de dois terços do mundo, mas não há um registro centralizado de tentativas de suicídio. Se uma pessoa ingere um veneno e vai parar no pronto-socorro, o caso é registrado como intoxicação; se ela corta os pulsos, lesão cortante. A intencionalidade acaba nunca sendo registrada.

A inclusão de uma categoria de comportamento suicida é bem-vinda, pois vai permitir dar uma visão melhor desse quadro. Estudos mostram que a taxa de tentativa de suicídios chega a ser 40 vezes mais alta que a taxa de suicídios consumados.

Como o suicídio se tornou um assunto da medicina?

Até cerca de três séculos atrás, o suicídio era basicamente um problema teológico. O catolicismo considerava o suicídio um pecado grave, o islamismo considera até hoje o pior pecado, pois é a destruição da obra divina. Havia também o interesse de filósofos e, na Inglaterra e em vários outros países, o suicídio era considerado uma morte indigna. O direito o tratava como um crime contra o Estado.

Foi a partir dos séculos 17 e 18 que médicos passaram a se interessar pela questão do suicídio e a considerar que o suicídio tinha uma relação estreita com a saúde, porque eles julgavam que todo suicídio era um ato de loucura. E isso foi ganhando adesão com o tempo. No século 20, consolidou-se a ideia de que o suicídio é um problema de saúde e, sobretudo, de saúde pública.

Há relação entre suicídio e doença?

O suicídio, em primeiro lugar, não é uma doença. Na perspectiva da saúde pública, é um fenômeno social de distribuição irregular na sociedade. Mas há estudos em todo o mundo que mostram que, por trás de grande parte das mortes por suicídio, existem doenças.

A maioria dessas doenças são mentais, mas há também uma grande associação entre suicídio e doenças incuráveis e dolorosas. A mortalidade de portadores de HIV por suicídio, por exemplo, caiu muito depois do advento do coquetel de drogas, quando ela deixou de ser essa doença mortal. As doenças mais associadas ao suicídio são a depressão, o alcoolismo e, um pouco atrás, a esquizofrenia.

Quais são os limites da prevenção do suicídio?

Não acredito que o suicídio possa ser erradicado, pois é um fenômeno humano que existe desde sempre. Há, por exemplo, uma porcentagem de suicídios por trás da qual, por mais se investigue, não se encontra uma doença ou causa clara.

Durkheim, em sua tipologia de suicídios, fala do suicídio altruísta [situação em que um indivíduo está tão conectado a sua comunidade, que abdica de sua individualidade, acreditando que sua morte pode trazer benefícios para a sociedade]. Como é que se vai prevenir isso? Não há o menor sentido. Não é disso que a prevenção do suicídio se ocupa. A prevenção se ocupa dos casos considerados evitáveis, porque decorrentes de um fator que poderia ser removido [como o alcoolismo].

Um dado importante e comprovado é que a maioria das pessoas que tentam o suicídio não quer morrer. São pessoas que querem mudar uma situação, escapar de um problema e, às vezes, a situação é tão tantalizante que a pessoa não enxerga outra saída. Há estudos com pessoas que fizeram uma tentativa de suicídio por um método muito letal e estão próximas de morrer. Elas são entrevistadas nesse momento. A imensa maioria fica desesperada quando percebe que vai morrer e que é irreversível.

A mídia deveria ter um papel nessa prevenção?

A mídia tem um grande papel na prevenção do suicídio. Há um mito de que não se pode tocar no assunto nos jornais. A imprensa pode ajudar ou atrapalhar de acordo com a forma que trata o assunto. Abordar o tema com sensacionalismo, promovendo o ato, explicando métodos etc. só atrapalha, já que sempre existe, em toda população, um certo número de indivíduos suscetíveis. Agora, abordar de uma maneira potencialmente educativa ajuda, sem dúvida.

O que o sr. acha de grupos como CVV e Samaritans [fundação inglesa aberta em 1953 dedicada à prevenção do suicídio]?

Eu já trabalhei com CVVs e Samaritans de vários países do mundo e tenho muita admiração pelo trabalho deles. Um ponto importante a ressaltar é que eles não fazem só a prevenção do suicídio; seu grande mérito é auxiliar uma pessoa em crise. Eles conseguem solucionar uma crise que talvez hoje não fosse suicida, mas que, pela falta de perspectiva, poderia evoluir para uma crise suicida. Penso que eles deveriam ser estimulados pelas autoridades sanitárias.

Como é o suicídio entre as populações indígenas?

As taxas de suicídios em populações indígenas são as mais altas em qualquer país do mundo, segundo estudos. Isso se explica com fatores sociológicos. Em geral populações indígenas são marginalizadas, pobres. Além disso, cada vez mais se identifica nessas populações indígenas o álcool como um fator desagregador, desestabilizador, causando conflitos e levando ao suicídio.

O álcool que havia em populações tradicionais indígenas brasileiras era o cauim, uma bebida de rituais, com baixo teor alcoólico; aí, de repente, eles pegam a cachaça, que tem um teor alcoólico altíssimo. E isso se agrava, pois as populações indígenas da América são de origem asiática, e é muito comum entre os asiáticos uma alteração genética que dificulta o metabolismo do álcool. Juntando todos os fatores, temos uma situação muito trágica numa população pequena de índios.

Pode-se falar de um luto diferente para os parentes de um suicida?

O luto de uma perda inesperada, sobretudo por uma forma inaceitável, é um luto mais complicado que o luto "normal". O suicídio sempre desperta nos que ficam no mínimo dois sentimentos: culpa e raiva. Isso causa um mal-estar tão grande que chega a ser um fator de risco de suicídio. São relativamente comuns suicídios em famílias em que um membro acaba de se suicidar.

Há um importante movimento internacional de sobreviventes, chamado Survivors, fundado por um casal americano que perdeu sua única filha pelo suicídio. Eles se aproximam de famílias em luto para conversar, compartilhar experiências. O resultado é o desenvolvimento de uma solidariedade intragrupal e o sentimento de solidariedade e responsabilidade pelos outros.

Entre 1980 e 2008 a taxa de suicídios de homens brasileiros quase dobrou. Quais são as possíveis explicações para isso?

Foi um aumento muito localizado, em jovens de 16 a 25 anos. O que vou dizer agora é mais uma impressão do que uma afirmação científica. Duas coisas que afetam particularmente esse grupo aconteceram nesse período: por um lado, houve uma explosão do número de usuários de drogas; por outro, houve a reforma psiquiátrica que fechou radicalmente o número de leitos psiquiátricos. Esses leitos foram fechados no momento em que o aumento dos usuários de drogas pedia um número maior. A sociedade nesse período também se tornou mais violenta. Na mesma época, houve aumento do número de homicídios, especialmente entre os jovens.

O que se sabe sobre as bases genéticas do suicídio?

Essa é uma área pobre de resultados. Eu, particularmente, acho muito improvável que alguém encontre o gene do suicídio. O que se sabe é que existem genes da violência. Nos indivíduos com alto risco de violência, isso pode se expressar como um suicídio dramático ou como um homicídio. Casos de pessoas que pegam uma arma, matam vários e depois se matam certamente envolvem pessoas extremamente violentas.

Uma grande dificuldade é que grande parte dos estudos genéticos é feito com gêmeos. Suicídio é um evento relativamente raro; encontrar gêmeos não é tão comum; e encontrar gêmeos nos quais um se matou e outro não é mais difícil ainda, o que torna as análises estatísticas muito pobres. O suicídio é uma coisa muito mais complexa do que pode ser expressada por um gene.

Como o sr. vê o direito ao suicídio?

Eu sou um pouco antiquado, acredito no juramento de Hipócrates, que diz que a tarefa principal do médico é preservar a vida. Claro que existem limites nos quais a preservação da vida não tem mais sentido. Filosoficamente, eu consigo entender alguém que, em plena posse de suas faculdades mentais, queira se matar; medicamente eu não tenho meios de justificar isso.

Vejo o direito ao suicídio com ressalvas, mas sempre fica a pergunta incômoda: quem sou eu para dizer a alguém aparentemente consciente dos seus atos e que quer se matar que ele não deveria fazer isso?

14/04/2013 - 02h45 :: Folha de São Paulo - Ilustríssima
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1262328-suicidio-modo-de-evitar.shtml

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Solidão e crise econômica: indutores do suicídio. O caso de Portugal


Feytor Pinto: crise e solidão estão a contribuir para o suicídio

Direção-Geral da Saúde colocou em discussão pública o «Plano Nacional de Prevenção do Suicídio 2013-2017» até ao próximo dia 30 de abril (2013).

As dificuldades económicas e a solidão são dois fatores que estão a contribuir para o aumento do suicídio em Portugal, sustentou o coordenador nacional da Pastoral da Saúde, o padre Feytor Pinto.

«Junto das comunidades cristãs está mesmo a aumentar de uma forma estranha: apercebemo-nos de pessoas equilibradíssimas, mas que perderam o seu projeto de vida e que não falam em destruição da vida, mas de procurar uma vida melhor, para além da própria morte», revelou.

O padre sublinhou que não pretende cingir-se «à relação do suicídio com a crise atual», mas admitiu que «este é um fator que contribuiu hoje para que as pessoas cheguem a situações limite, ao perderem o seu projeto de vida e a braços com depressões muitas vezes mal tratadas».

Feytor Pinto frisou que a dimensão social do ser humano que, contudo, está a ficar isolado e desamparado e o problema da solidão é, por isso, preocupante.

«Só na paróquia de Campo Grande [Lisboa] temos 900 pessoas que vivem sozinhas e com as quais temos procurado reforçar as redes de vizinhança e proximidade», exemplificou.

O coordenador Nacional da Pastoral da Saúde, ligada à Igreja Católica, defendeu que estas duas situações, as dificuldades económicas e a solidão «dão origem a depressões, a enfermidades e à debilidade psicológica e física, e por isso se trata de uma questão de saúde pública».

A Direção-Geral da Saúde (DGS) colocou em discussão pública o «Plano Nacional de Prevenção do Suicídio 2013-2017» até ao próximo dia 30 de abril.

Segundo a DGS, o plano «é uma necessidade premente do país tendo em conta o impacto do suicídio na saúde pública, o aumento das taxas de suicídio registado pelo INE na última década, bem como a sub-notificação dos suicídios, que oculta a verdadeira dimensão do fenômeno?.

Os últimos números apontam que em Portugal a taxa de suicídios por 100.000 habitantes foi de 10,3, superior à de quaisquer outras mortes violentas, nomeadamente por acidentes de viação e acidentes de trabalho e ultrapassa a média europeia.

Portugal é, de resto, o terceiro país da Europa onde o suicídio mais cresceu nos últimos 15 anos, estimando-se que morram mais de cinco pessoas por dia, revelou em março um relatório europeu, dados que constam do projeto OSPI-Europe.

Na Europa, além de Portugal, este fenômeno de aumento só se verifica em Malta, na Islândia e na Polônia  As doenças mentais comuns afetam quase 23 por cento (%) dos portugueses adultos (mais de dois milhões por ano) e a depressão afeta 7,9% dos adultos (400 mil pessoas), sendo o suicídio uma complicação médica resultante destas perturbações mentais, em particular da depressão.

Em Portugal morrem por ano cerca de duas mil pessoas por suicídio, sendo mais de mil registadas como suicídio e outras tantas como mortes violentas indeterminadas, estimando-se que mais de 75% destas sejam suicídios escondidos, segundo dados recolhidos pela Lusa.

Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/suicidio-feytor-pinto-crise-solidao-tvi24/1438548-4071.html

sábado, 6 de abril de 2013

Prevenção do suicídio em Portugal discutido por parlamentares

Os debates em torno do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio 2013/2017 em Portugal continuam acirrados e indicam que o tema tem se tornado corriqueiro, o que é um bom sinal, por se tratar de uma discussão necessária.

E no Brasil? Quando começaremos efetivamente a elaborar um plano nacional e fazê-lo chegar na mídia?!


Audição do grupo de trabalho que elaborou o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio 2013/2017

De acordo com o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio (PNPS) 2013/2017, o suicídio é um fenómeno complexo que resulta da interceção de diversos fatores de ordem filosófica, antropológica, psicológica, biológica e social.

A nível mundial, o suicídio é responsável por uma taxa de mortalidade global de 16 por 100.000 habitantes, sendo a 13ª causa de morte, a terceira causa de morte no grupo etário dos 15 aos 34 anos e a segunda causa de morte nos jovens dos 15 aos 19 anos. As tentativas de suicídio são a sexta causa de défice funcional permanente.

Na maioria dos países europeus, o número anual de suicídios é superior ao das vítimas de acidentes de viação: nos 27 países da União Europeia a taxa média de suicídio por 100.000 habitantes foi, em 2010, de 9,4 enquanto o número de mortes por acidentes de viação foi de 6,5 por 100.000 habitantes.

Em 2010, em Portugal, a taxa de suicídios por 100.000 habitantes foi de 10,3; esta taxa é superior à de quaisquer outras mortes violentas, como sejam os óbitos causados por acidentes de viação ou por acidentes de trabalho.

O PNPS afigura-se como uma necessidade do país, tendo em conta o impacto do suicídio na saúde pública, o aumento das taxas de suicídio registado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na última década, a subnotificação dos suicídios que oculta a verdadeira dimensão do fenómeno, a prevalência de fatores de risco nomeadamente da doença mental, a dificuldade na harmonização da terminologia relacionada com os diversos tipos de atos suicidas e comportamentos autolesivos, a dificuldade de registo e avaliação da efetividade das medidas implementadas ou a implementar e a necessidade de criar sinergias com as experiências e recursos existentes.

Refere-se no PNPS que “o compromisso político é essencial para garantir que a prevenção do suicídio recebe os recursos de que necessita, bem como a necessária atenção por parte dos líderes nacionais e regionais”. Neste sentido, são efetuadas diversas considerações sobre as repercussões da crise na saúde mental considerando-se que “a utilização de recursos de proteção social” faz a diferença na prevenção e redução do número de suicídios. Relativamente ao investimento em saúde mental nas crises constata-se que “o investimento em saúde mental é custo-efetivo, sobretudo nos períodos de crise”.

No que concerne a bebidas alcoólicas e crise, preconiza-se “o aumento do preço, a definição de preço mínimo, o reconhecimento precoce de consumos bem como de depressão e risco de suicídio, desenvolvimento de competências que protejam da depressão, comportamentos autolesivos e atos suicidas”, medidas estas que “enfatizam a importância da existência de serviços comunitários de saúde mental e da sua articulação com os cuidados de saúde primários.”

O PNPS reporta-se também à promoção de resiliência em desempregados, referindo a importância de existirem programas de apoio à família, subsídio de desemprego, serviços de saúde disponíveis incluindo de saúde mental, programas ativos de mercado de trabalho e apoio à habitação.

Perante o exposto, o Bloco de Esquerda considera que a audição em sede de Comissão de Saúde do grupo de trabalho responsável pela elaboração do PNPS permitirá aprofundar o conhecimento sobre esta importante matéria e dotar os Grupos Parlamentares de mais informação sobre as propostas enunciadas no PNPS.

Assim, ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda requer a audição na Comissão de Saúde do grupo de trabalho que elaborou o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio 2013/2017.


4 abril 2013 | Por Helena Pinto

Fonte: http://www.beparlamento.net/audi%C3%A7%C3%A3o-do-grupo-de-trabalho-que-elaborou-o-plano-nacional-de-preven%C3%A7%C3%A3o-do-suic%C3%ADdio-20132017

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Portugal e seus esforços em favor da prevenção do suicídio

Os meios de comunicação de Portugal tem dado ampla cobertura às ações de prevenção do suicídio nesta última semana (31/3 a 5/4/2013)


Suicídio: plano de prevenção prevê subida do preço das bebidas...
TVI24
O aumento do preço das bebidas alcoólicas e a restrição do acesso a meios letais, bem como o investimento em saúde mental nas crises, são algumas das medidas do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, divulgado esta segunda-feira. O documento (...)

Abaixo um dos trechos mais interessantes desta matéria:


Jornalistas devem ter formação para saberem noticiar suicídios sem causar propagação

Este plano recomenda ainda que os jornalistas tenham ações de formação regulares, para saberem quando e como noticiar suicídios, já que as suas notícias podem ter um «efeito devastador», na propagação destes comportamentos.

«Os media podem ajudar ou dificultar, na prevenção do suicídio, consoante promovam a educação pública ou aumentem a visibilidade do suicídio», podendo desta forma «ter um efeito devastador na propagação de comportamentos autolesivos e atos suicidas».

O documento chama ainda a atenção para o «fenómeno relativamente recente e ainda pouco estudado» da internet e das redes sociais, pela sua inegável influência e «mais difícil» controlo, uma vez que depende essencialmente dos utilizadores.

«No campo da prevenção, a sensibilização e formação de todos para as vantagens da comunicação social e das redes sociais na promoção da saúde mental, é uma medida importante, pelo que ações de formação a jornalistas deverão ser implementadas regularmente», recomenda o documento, sublinhando que esta estratégia «deve encorajar a comunicação social a uma forte contenção na publicação de notícias de suicídios».


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Álcool mais caro e mais barreiras em pontes para evitar suicídios
Público.pt
Álcool mais caro e mais barreiras em pontes para evitar suicídios. Plano Nacional de Prevenção do Suicídio hoje apresentado defende reforço de medidas de apoio aos desempregados. Portugal tem uma taxa de ...


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Polícias e presos são prioridade na prevenção do suicídio
Expresso
O que têm em comum polícias e presos? Uma elevada ocorrência de suicídios. De tal forma que o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio hoje divulgado...

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Suicídio: inquéritos descuidam possíveis homicídios
Diário IOL
As mortes equívocas em Portugal carecem muitas vezes de uma investigação «cuidada» pelas autoridades policiais, considera o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, colocado em consulta pública esta segunda-feira. O documento assume que...

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Plano Nacional de Prevenção do Suicídio (PNPS) 2013-2017
O presente Plano Nacional de Prevenção do Suicídio (PNPS) 2013-2017 é uma necessidade premente do país tendo em conta o impacto do suicídio na saúde...

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