quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Se você estiver pensando em suicídio SAIBA que você tem uma opção!

O CVV – Centro de Valorização da Vida, serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio, funciona normalmente nos feriados de Natal e Ano Novo.
 
O atendimento é feito pelo telefone 141 (24 horas por dia), ou por e-mail e chat, ambos pelo site www.cvv.org.br.
 
O CVV é uma das ONGs mais antigas do país, com 51 anos de atuação gratuita e sigilosa e não altera seus horários de atendimento mesmo durante os feriados.
 
Sobre o CVV
 
O CVV - Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de um milhão de atendimentos anuais são realizados por 2.200 voluntários em 18 estados mais o Distrito Federal, pelo telefone 141 (24 horas), pessoalmente (nos 68 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br via chat, VoIP (Skype) e e-mail.
 
Outras informações também podem ser obtidas na nossa página www.facebook.com/cvv141
 
É associado ao Befrienders Worldwide (www.befrienders.org), entidade que congrega as instituições congêneres de todo o mundo e participou da força tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio do Ministério da Saúde.
 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Voluntário passará a véspera de Natal em ONG de prevenção do suicídio

Antonio Batista, de 62 anos, negociou horários com a família para trabalhar.
Ele também fará nove horas de plantão na véspera do Ano Novo.

Antes de se juntar à família para os preparativos da véspera de Natal, nesta quarta-feira (24), o engenheiro aposentado Sérgio Antonio Bastista, de 62 anos, vai cumprir um compromisso que honra há 15 anos: seu plantão semanal de quatro horas e meia como voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV), organização não-governamental de prevenção do suicídio. Criada em 1962, a ONG dá apoio emocional gratuito, presencial, por telefone ou pela internet, a pessoas em busca de ajuda.

"Vou fazer a véspera de Natal, meu plantão, e vou fazer também o dia 31. Vou estar em São Paulo e é a minha forma de poder colaborar com o trabalho", explicou ele ao receber o G1 em um sobrado em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, onde funciona um dos postos na Capital.

No total, 2 mil voluntários atuam em cerca de 70 postos espalhados pelo Brasil. O país ocupa a oitava posição na lista de nações com o maior número absoluto de casos de suicídio. Em 2012, 11.821 tiraram a própria vida no país.

Datas coincidiram

Cada voluntário se compromete a trabalhar pelo menos uma vez por semana em um turno de quatro horas e meia. Desde o início deste ano, Antonio se encarrega de um turno às quartas-feiras. Ele diz que foi só há cerca de um mês que percebeu que tanto a véspera de Natal quanto a de Ano Novo coincidiam justamente com o seu dia de trabalho.

A solução para o problema não foi difícil: ele conversou com a família e decidiu passar as festas em São Paulo. Nesta quarta, ele trabalha das 11h às 15h30; no dia 31, fará um turno duplo, para cobrir o de um colega voluntário, que viajará. "Vou trabalhar das 11h às 19h. Minha mulher compreende, aceita e respeita meu trabalho, mas não gosta muito quando às vezes eu dobro o turno."

Essa não é a primeira vez que o turno do engenheiro eletricista coincide com as festas de dezembro. Há alguns anos, ele fazia o turno da madrugada no posto da Vila Carrão, na Zona Leste. "Jantei um pouco antes, depois fui para o posto, trabalhei das 23h até as 3h. Faz parte", disse. A noite desta quarta, porém, será dedicada à mulher e às filhas de 19 e de 38 anos. "Por sinal, a de 38 está grávida. Vou ser avô pela segunda vez", comemorou.

O sorriso no rosto que ele ganha ao falar do bom momento familiar que vive hoje é, em parte, uma recompensa pelos 15 anos dedicados ao atendimento telefônico a pessoas desconhecidas, que buscam o CVV pelos motivos mais distintos. "Todo tipo de pessoa liga. Jovem, idoso, homem, mulher. Ligam quando querem conversar com alguém e não têm ninguém por perto", explicou ele.

Desde que foi indicado por uma amiga para fazer o curso e passou a ser uma das vozes – muitas vezes anônimas – que oferecem um ouvido amigo, Antonio disse que também se tornou uma pessoa melhor. "Sou mais paciente, menos preconceituoso. Minha relação com as minhas filhas também ficou melhor."

Os voluntários, que rateiam os custos de operação dos postos para garantir o funcionamento da ONG, são treinados para acolher os desabafos de tristeza, raiva, depressão, angústia e até de felicidade. O atendimento gratuito é feito por meio de ligações telefônicas sigilosas que duram o tempo que o usuário desejar. "Normalmente você tem de 15 a 20 contatos por turno. Às vezes a conversa dura cinco, dez minutos. Às vezes dura uma hora."

As ligações são sigilosas e nunca são gravadas, por isso, não é possível ter estatísticas do conteúdo dessas conversas e do perfil demográfico detalhado. Mas o CVV recebeu mais de 1,1 milhão de chamadas telefônicas em 2013: em média, o telefone toca uma vez a cada 34 segundos.

Dezembro, porém, é um mês em que a demanda dos voluntários sofre um aumento de cerca de 15%. "É um momento de reflexão. Tem as festas familiares, então ligam pessoas que perderam um ente querido, que não estão mais comemorando. As pessoas sentem nostalgia, saudade, fazem balanço do ano, falam de projetos para o ano futuro. Também tem o pessoal do vestibular, estudantes ligam preocupados com a pressão, a competição e com o futuro."

Os jovens são uma preocupação especial. Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado em março deste ano, 9,4% dos jovens brasileiros com entre 14 e 25 anos admitiram terem tido pensamentos suicidas, e 5% já tentaram tirar a própria vida. Por isso, o CVV também conta com atendimento on-line no site oficial, entre as 19h e as 23h. "É muito importante que os jovens possam ter com quem conversar. Nosso jovem está morrendo", disse Antonio.

Serviço
O atendimento do CVV funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, pelo telefone 141. O atendimento on-line funciona em horários específicos no site do CVV.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/12/voluntario-passara-vespera-de-natal-em-ong-de-prevencao-do-suicidio.html

sábado, 20 de dezembro de 2014

Livro gratuito é lançado pela ABP sobre suicídio e sua prevenção

Iniciativa do Conselho Federal de Medicina e da Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Suicídio: informando para prevenir

Lançado neste ano de 2014, este livreto com 52 páginas mostra como abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e dados atualizados sobre o tema.

As duas entidades se empenharam em criar uma cartilha para orientar os médicos e profissionais da área de saúde em casos de tentativa de suicídio ou para identificarem possíveis casos em seus pacientes.

Disponível para download aqui.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Prevenção ao suicídio: urgência mundial

Cilene Queiroz (Campo Grande-MS)
Escritora, bióloga e mestre em 
Sistema de Produção em Agronomia

Li e reli várias vezes as reportagens, porque fiquei chocada. Não era matéria corriqueira na mídia atual, não se tratava de roubo na Petrobras e Eletrobras, mas era algo ainda pior. Era algo sobre o suicídio. O mais surpreendente é que o suicídio é prevenível em 90% dos casos.

O relatório da OMS é um apelo à ação para resolver um grave problema de saúde pública. Possivelmente, as pessoas devem se questionar o motivo de a OMS se vincular a um problema dessa altura. A humanidade, infelizmente, ainda fraqueja diante desse problema. Portanto, de antemão, percebendo isto, a OMS lança um relatório sobre a prevenção do suicídio.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a International Association for Suicide Prevention (Iaps) instituíram a data “10 de setembro 2014” como o Dia Mundial para Prevenção do Suicídio. A OMS divulgou dados do primeiro “
Relatório Global para Prevenção do Suicídio”. Foi um dia muito importante para a OMS, que vem tentando sensibilizar jornalistas e comunicadores com o tema. No primeiro relatório publicado pela OMS sobre o assunto, os dados são impressionantes e alarmantes.

Por isso, devemos todos nós, com força e garra, aderir a esta campanha. Não basta apenas rotular, como sendo mais um a fazer parte da campanha. Mas procurar informar-se, interessar-se por ter mais conhecimento. É algo às vezes difícil de compreender.

A cada dia se tem mais notícias, de jovens que consciente ou inconscientemente colocam em risco suas próprias vidas. O comportamento suicida indireto implica atividades perigosas, sem que exista uma intenção consciente de morrer. Os exemplos de suicídio indireto incluem o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o uso de qualquer tipo de droga, como o consumo de cigarros.

Infelizmente no relatório da OMS não há nada sobre suicídio indireto dos jovens. É plausível olhar em derredor e ver o que está acontecendo nas grandes metrópoles, como também nas pequenas cidades. A droga faz parte desta luta sim, embora, mostre-se de forma velada.

Ainda no relatório da OMS, revela-se que mais de 800 mil pessoas dão fim à própria vida todos os anos no mundo, tornando o suicídio um grande problema de saúde pública. E de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 75% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda.

O relatório aponta que o envenenamento, o enforcamento e o uso de armas de fogo são os métodos mais comuns de suicídio global. Atualmente, apenas 28 países são conhecidos por ter estratégias nacionais de prevenção do suicídio. É muito pouco se tratando com vida. Os países mais desenvolvidos fazem a sua prevenção, embora ainda timidamente; enquanto os menos desenvolvidos, praticamente nada tem feito.

O levantamento diz ainda que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e o tabu em torno deste tipo de morte impede que famílias e governos abordem a questão abertamente e de forma eficaz. Acredita-se que após o lançamento deste relatório da OMS haja um acompanhamento melhor ao cidadão com tendência ao suicídio.

Os suicídios no Brasil vêm aumentando de forma progressiva. Embora as taxas de suicídio sejam consideradas baixas, entre 5.4 e 5.9 a cada 100.000 habitantes. Ocupa o 113º lugar no mundo e oitavo na América Latina em taxas de suicídio. Dentro do País as taxas são distribuídas desigualmente. São mais baixas no Norte e muito mais altas na região Sul, onde em várias cidades elas se assemelham às da Europa Central.

E para finalizar, uma citação de Eça de Queiroz:

Houve um filósofo que deixou aos infelizes esta máxima: Se a tua dor te aflige, faz dela um poema.

Fonte: www.correiodoestado.com.br/opiniao/cilene-queiroz-prevencao-ao-suicidio-urgencia-mundial/234711/

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio Anônimo - GASSA

Encontros mensais são destinados a quem já tentou suicídio e a familiares de suicidas

Estudos apontam que a cada suicídio, cinco ou seis pessoas sofrem consequências emocionais ou sociais que podem causar sequelas pelo resto de suas vidas. Normalmente são familiares do suicida ou amigos muito próximos que podem sentir culpa, vergonha, tristeza ou outras emoções bastante marcantes e difíceis de se trabalhar. Devido ao tabu e preconceitos que ainda cercam o assunto, muitas dessas pessoas são discriminadas e perseguidas por amigos, vizinhos e colegas de trabalho ou escola, o que agrava seus traumas, inseguranças e sensação de solidão.

Com base nessa estatística o Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio Anônimo – GASSA, iniciativa do CVV, afirma que se cerca de 32 brasileiros cometem o suicídio diariamente segundo dados do Ministério da Saúde, então, surgem por dia pelo menos 160 pessoas direta e fortemente impactadas por essas perdas.

Além deles, as próprias pessoas que tentaram o suicídio precisam de muito suporte. Não há dados muito específicos, mas estima-se que de cada vítima de suicídio, outras duas tentaram se matar, ou seja, são mais de 60 novos brasileiros nessa situação diariamente e são eles que formam o maior grupo de risco para o suicídio. Se, por um lado são pessoas com alto risco, ao mesmo tempo é um grupo bem definido e fácil de identificar.

Ao mesmo tempo, pessoas com histórico de suicídio na família também apresentam maior propensão a se matar. Conseguimos atender a esses dois importantes grupos simultaneamente: quem já tentou suicídio e os familiares.

O Grupo de Apoio tem por objetivo facilitar a troca de experiências e apoio emocional, permitindo a conversa aberta e anônima de pessoas que vivenciaram situações semelhantes. Esse modelo permite um ganho de qualidade de vida dos participantes
e busca do equilíbrio emocional e mental, mas não elimina a necessidade do acompanhamento de profissionais da saúde.

O CVV possui experiência na prevenção do suicídio e apoio emocional há 52 anos e oferece essa nova opção de atendimento gratuito com base no conhecimento acumulado e em técnicas específicas para grupos de apoio a sobreviventes de suicídio.

Serviço
Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio Anônimo – GASSA

Reuniões mensais: toda primeira quarta-feira do mês

Horário: das 19h30 às 21h30

Local: Rua Abolição, 411 – Bela Vista – São Paulo (próximo à Praça Pérola Byington)

Quem pode participar: pessoas que tentaram suicídio, e familiares e amigos de suicidas

Informações: 11 9 8318-9663 / gassaabolicao@gmail.com

Os encontros são confidenciais, sigilosos e gratuitos

Fonte: www.segs.com.br/saude/21834-cvv-cria-grupo-de-apoio-aos-sobreviventes-do-suicidio.html