sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Facebook lança novas ferramentas para ajudar na prevenção do suicídio


As medidas preventivas começaram em 2011. Quatro anos depois, o esforço é ainda maior.

Cada vez mais as pessoas optam por passar o seu tempo online, seja a consultar novidades ou a partilhar diversos conteúdos com os seus amigos e conhecidos. E uma rede social com mil milhões de utilizadores tem um papel importante nos dias de hoje, algo que se traduz em responsabilidade social

Neste sentido, o Facebook lança esta semana novas ferramentas que tentam ajudar na prevenção ao suicídio. O novo esforço da tecnológica pode ser visto como uma atualização de um programa preventivo que começou em 2011, derivado da iniciativa Compassion Research Day.

Agora, e graças a estes novos recursos, os utilizadores poderão enviar uma notificação automática ao Facebook caso notem na sua rede de contactos alguém que esteja a ter pensamentos com tendências suicidas.

Depois, e assim que esse utilizador efectuar um novo início de sessão, receberá uma mensagem a avisar que um amigo percebeu que precisava de ajuda. Aí, a rede social mais usada do planeta irá perguntar ao utilizador em questão se quer conversar com um profissional – especialista na área da saúde mental - ou receber algumas dicas de apoio.

Facebook ajuda

Estas novas ferramentas resultam de uma parceria do Facebook com várias organizações dos EUA que prestam auxílio a pessoas que necessitam de ajuda ao nível psicológico e emocional, como a Forefron, Now Matters Now, Save.org e National Suicide Prevention Lifeline.

Estas atualizações vão ser disponibilizadas gradualmente ao longo das próximas meses aos utilizadores dos EUA, sendo que o Facebook trabalha para que as ferramentas cheguem também aos internautas fora do território norte-americano. 

Fonte: http://tek.sapo.pt/noticias/internet/facebook_lanca_novas_ferramentas_para_ajudar_1432394.html

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

QUE DROGA?!

Drogas psicodélicas podem ser medida eficaz de prevenção do suicídio?

Carolyn Gregoire

A nova onda de pesquisas sobre o uso médico de drogas psicodélicas sugere que essas substâncias podem ser promissoras como intervenções terapêuticas para vários problemas mentais. E, segundo um novo estudo, os psicodélicos “clássicos” – psilocibina (cogumelos mágicos), LSD e mescalina – também podem ser uma medida eficaz de prevenção do suicídio.

Pesquisadores da Universidade do Alabama em Birminghamon estudaram dados de 190 000 americanos adultos, coletados entre 2008 e 2012 como parte da Pesquisa Nacional Sobre Uso de Drogas e Saúde. Os dados indicaram que o uso de drogas psicodélicas a vida inteira estavam associado a reduções de 19% nas perturbações psicológicas no mês anterior, de 14% nos pensamentos suicidas no ano anterior e de 29% nos planos de suicídio no ano anterior. Os usuários de drogas psicodélicas apresentavam probabilidade 36% menor de tentar suicídio no ano anterior. Pessoas que usaram drogas não-psicodélicas a vida toda, por outro lado, apresentavam maior probabilidade de cometer suicídio.

O estudo não responde por que o uso dessas substâncias tem relação com a menor incidência de distúrbios psicológicos e intenções suicidas, mas sugere que mais pesquisas sejam feitas para determinar se elas podem ser usadas como medida preventiva de suicídios.

“Apesar dos avanços nos tratamentos de saúde mental, as taxas de suicídio não caíram nos últimos 60 anos. Intervenções novas e potencialmente mais eficazes precisam ser exploradas”, disse Peter S. Hendricks, professor-assistente do Departamento de Comportamento de Saúde da universidade e líder do estudo. “Esse estudo abre o caminho para pesquisas futuras que testem a eficácia de psicodélicos clássicos em relação à prevenção de suicídios, além de patologias associadas ao alto risco de suicídio (como distúrbios afetivos, vício e traços de personalidade impulsiva-agressiva).”

Um corpo crescente de pesquisas mostra que os psicodélicos podem ser intervenções terapêuticas promissoras para casos de ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, e transtorno do estresse pós-traumático.

É importante notar, entretanto, que essas pesquisas são realizadas em ambientes clínicos controlados – o uso de psicodélicos de forma recreativa não é recomendado para o tratamento de doenças mentais. Ainda assim, essa e outras descobertas sugerem que, sob as condições adequadas, os psicodélicos podem ser uma intervenção não-farmacêutica promissora.

“As evidências sugerem que psicodélicos clássicos podem ter o potencial de aliviar o sofrimento humano associado às doenças mentais”, concluem os pesquisadores. “Novos estudos rigorosos são necessários para entender melhor essas substâncias, com o objetivo final de tirar vantagem de suas capacidades terapêuticas latentes.”

Os resultados foram publicados na revista Psychopharmacology.

Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

http://www.brasilpost.com.br/2015/02/09/drogas-psicodelicas-podem-ser-medida-eficaz-de-prevencao-do-suicidio_n_6632132.html